O teste do príncipe Charles do Reino Unido para o Covid-19 deu positivo, informaram autoridades palacianas nesta quarta-feira (25).
Charles, de 71 anos, é o filho mais velho da rainha Elizabeth II e o herdeiro do trono. "O príncipe de Gales foi testado positivamente para o Coronavírus", publicou a Casa de Clarence, o nome do palácio onde vive o príncipe.
Ele tem sintomas leves, mas está em boa saúde e tem trabalhado de casa nos últimos dias de maneira usual.
Charles esteve com a mãe, a rainha Elizabeth II, no dia 12 de março, de acordo com informações de fontes da realeza britânica passadas à Reuters. A rainha tem 93 anos.
A mulher de Charles, Camilla, a duquesa de Cornuália, de 72 anos, não foi diagnosticada com o vírus. Os dois estão isolados em uma residência na Escócia.
"Não é possível afirmar de onde o príncipe pegou o vírus dado o alto número de compromissos que ele teve em sua vida pública nas semanas recentes", afirma o comunicado.
Covid-19 no Reino Unido
Há pouco mais de 8.000 casos de infecções pelo novo coronavírus identificados no Reino Unido. O número de mortes é de 422, de acordo com informações da universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Na segunda-feira (23), o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou que os britânicos só poderão se deslocar para ir ao trabalho, caso não possam realizá-lo remotamente, e para comprar itens essenciais ou para atender necessidades médicas próprias ou de pessoas vulneráveis.
As medidas serão válidas por três semanas, mas o prazo poderá ser prorrogado após uma reavaliação ao fim desse período.
Todos os eventos sociais, incluindo casamentos, batismos e outras cerimônias, também estão suspensos, com exceção de funerais.
O governo do Reino Unido foi muito criticado ao lançar a hipótese de, inicialmente, adotar a estratégia de "mitigação" da pandemia e a "imunização de rebanho", ou infecção de grande parte da população, que na teoria desenvolveria imunidade coletiva com o objetivo de proteger todos os cidadãos.
Mas o plano mudou: um modelo matemático apresentado pelo Imperial College de Londres deu um panorama sombrio de como a doença iria se propagar pelo país, como iria impactar o sistema público de saúde (o SUS do Reino Unido, chamado de NHS) e quantas pessoas iriam morrer.
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