O número de mortes provocadas pelo surto do novo coronavírus na China aumentou neste sábado (8) para 722, anunciou a Comissão Nacional de Saúde chinesa, que registrou um aumento de novos casos superior ao que vinha sendo registrado nos últimos dias.
Contam-se mais 3.399 casos neste sábdo, enquanto na sexta-feira (7) foram registradas 3.143 novas infeções, após vários dias em que o número de casos estava caindo.
As autoridades de saúde estão tratando 6.101 pacientes em estado grave e já deram alta a 2.050 pessoas que contraíram a pneumonia provocada pelo novo coronavírus, detectado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, na província central de Hubei.
Desde o começo do surto, já foram acompanhadas 345.498 pessoas por suspeita de infecção, 189.660 das quais continuam sob observação.
O médico chinês que deu o primeiro alerta sobre o surto do novo coronavírus morreu na quinta-feira (6), depois de ter contraído pneumonia na semana passada, anunciou o hospital onde estava internado.
O oftalmologista Li Wenliang, de 34 anos, foi "infelizmente contaminado durante o combate à epidemia de pneumonia do novo coronavírus", afirmou, em sua conta no Facebook, o Hospital Central de Wuhan.
A primeira morte de um chinês fora do país pelo coronavírus ocorreu nas Filipinas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países. A Organização Mundial da Saúde declarou, em 30 de janeiro, situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação conforme escala mundial.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que varia entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detectado.
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