O Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses instalado no Ministério da Saúde na quinta-feira (9), realizará o planejamento e a resposta coordenada com estados, municípios, pesquisadores, instituições científicas e outros ministérios.
Apenas na primeira semana epidemiológica de 2025, Mato Grosso do Sul registrou 91 casos prováveis de dengue. No mesmo período de 2024, foram registrados 202 casos. Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos, segundo o painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde.
Até a quarta-feira (8), foram notificados 10,1 mil casos prováveis e 10 óbitos estão em investigação em 2025. Do total de casos, 50% estão concentrados nos estados de São Paulo e Minas Gerais, enquanto a região Sudeste responde por 61,8% das ocorrências.
Para garantir uma preparação adequada para conter o avanço da doença, foi lançado, neste ano, o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika. Ano passado, para conter o aumento dos casos durante o período sazonal 2024/2025, o Ministério da Saúde reservou investimento de R$ 1,5 bilhão em uma estratégia que inclui uso dessas novas tecnologias, intensificação de campanhas educativas e outras medidas estratégicas.
O novo plano revisa e amplia a versão anterior, publicada em 2022, e busca reforçar as estratégias de prevenção, preparação e resposta às epidemias de arboviroses. O documento apresenta orientações para elaboração de planos regionalizados, estaduais e municipais, que levem em consideração os cenários específicos do contexto epidemiológico e dos arranjos socioambientais, incorporando experiências e iniciativas locais e regionais.
Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento, entre as ações adotadas destacam-se: A expansão do método Wolbachia, de 3 para 40 cidades até 2025; Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas; Borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em áreas de grande circulação de pessoas, como creches, escolas e asilos; Estações disseminadoras de larvicidas, com previsão de implantação de 150 mil unidades na primeira fase do projeto; Uso de Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitorar e controlar a disseminação do mosquito; No Distrito Federal, estão sendo instaladas cerca de 3 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) na região do Sol Nascente, com expansão prevista para outras áreas periféricas do país.