O candidato a Presidência da República, Jair Bolsonaro, concedeu entrevista ao jornalista José Luis Datena nesta quinta-feira (28) e fez suas primeiras declarações, após o atentado que sofreu no dia 6 de setembro, durante sua agenda de campanha em Juiz de Fora – Minas Gerais.
A entrevista foi realizada no hospital Albert Einstein onde o candidato está internado, em São Paulo. Bolsonaro falou de sua recuperação, recomendações médicas para os próximos dias e sobre declarações polêmicas de seus aliados, além de reforçar que quer implantar o voto impresso.
Sobre as declarações do General Mourão, seu vice, sobre 13º salário, adicional de férias e de “família sem pai e avô”, o presidenciável foi enfático e disparou: “Vice não apita nada, mas atrapalha muito”. Bolsonaro disse ainda que as declarações divulgadas pela mídia são manipuladas, ao citar o posicionamento de Paulo Guedes, cogitado para ser ministro da Fazenda, sobre impostos. “Fogem de um contexto”, afirmou o candidato ao dizer que orientou seus aliados a não fazerem mais declarações.
Ao ser indagado sobre a possibilidade de um novo golpe militar, o presidenciável afirmou que não acredita em chance de golpe e ressaltou que, se o Partido dos Trabalhadores (PT) ganhar a eleição e cometer a “primeira falta”, as forças armadas podem agir. Bolsonaro afirmou ainda que o seu adversário petista, Fernando Haddad é “um poste” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que a ascensão de Haddad nas pesquisas representa “uma idolatria “ ao ex-presidente que está preso em Curitiba.
Entre os assuntos, o candidato falou sobre a manifestação de apoio a ele que ocorrerá no próximo domingo, em diversas cidades do país. “O Brasil quer mudança e veremos o número expressivo de pessoas que vão as ruas no dia 30”, afirmou.
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