O julgamento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), no Supremo Tribunal Federal (STF), avança com três votos pela sua condenação a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. A parlamentar é acusada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Além disso, os ministros que já votaram também defendem a perda de seu mandato parlamentar após o trânsito em julgado da condenação, ou seja, quando não couber mais recurso.
O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, foi o primeiro a votar pela condenação e foi acompanhado pelos ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. No voto, Mendes afirmou que o caso revela um "elevado grau de reprovabilidade" e se agrava por ter sido cometido por uma parlamentar.
O julgamento ocorre no plenário virtual do STF e está previsto para ser encerrado na próxima sexta-feira (28). Nesta etapa, os ministros decidem se a deputada será condenada ou absolvida.
Caso seja condenada, a pena determinada poderá ser questionada em recurso. Se for absolvida, o caso será arquivado. Também há possibilidade de pedidos de vista (mais tempo para análise) ou destaque (envio do caso para julgamento presencial no plenário físico).
O caso
O episódio ocorreu em outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições, quando Zambelli perseguiu um homem negro armado pelas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo.
Segundo a deputada, ela sacou a arma para se defender após ser agredida e empurrada ao chão por um grupo de opositores. No entanto, o ministro Gilmar Mendes rebateu essa versão, afirmando que os vídeos mostram a vítima tentando se afastar do local e sem apresentar qualquer risco de ataque.
Para o ministro, a deputada provocou "fundado temor" na vítima ao persegui-lo armada, reduzindo sua capacidade de resistência. Alexandre de Moraes também reforçou a gravidade da conduta da deputada, ressaltando que, por ser parlamentar, ela deveria estar acostumada a críticas e não poderia reagir de forma violenta.
Consequências
Além da condenação e da perda do mandato, o ministro Gilmar Mendes determinou que Zambelli perca definitivamente o direito ao porte de arma de fogo e que a arma utilizada no episódio seja entregue ao Comando do Exército.
Em nota, a deputada afirmou ter "total confiança na Justiça" e acredita que sua inocência será comprovada. Seu advogado, por sua vez, criticou o formato virtual do julgamento, alegando que a defesa não teve a garantia de que suas argumentações foram plenamente consideradas pelos ministros.
JD1 No Celular
Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.
Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Alckmin defende que alimentos e energia sejam retirados do cálculo da inflação

Falta apenas um voto para Carla Zambelli ser condenada pelo STF

Deputados dos EUA pedem que Trump aplique punições a Moraes

Riedel entrega obras no valor de R$ 8,4 milhões em Ribas do Rio Pardo

Deputado relembra esforços da PMA no combate aos incêndios no Pantanal

Vereadores da Câmara Municipal definem membros da CPI do Transporte Público

Gláucia Iunes entra com ação para assumir cadeira na Assembleia

ALEMS aprova conversão de multa leve ou média em advertência escrita; entenda

Vereadores discutem legalidade do Programa Mais Creche
