A Folha de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (14), um artigo em que visualiza as idas e vindas da equipe de Jair Bolsonaro (PSL) nesta época de transição como fortalecimento em torno da candidatura do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para presidir o Senado. Caso isso ocorra, a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB-MS) que até havia sido cogitada e assediada por políticos antes do segundo turno das eleições pode ficar fora da disputa a presidência.
Para a Folha de São Paulo, o lobby em torno da candidatura de Calheiros extrapolou as fileiras de seu partido e ganhou adesões de veteranos do PSD e do PSDB, por exemplo, além de nomes do Judiciário.
Mesmo que Simone tenha ganhado destaque após a derrota de antigos nomes políticos e também pela ascensão de forças ligadas ao presidente eleito, o favoritismo de Renan Calheiros cresce à medida que as oscilações do grupo bolsonarista ampliam a sensação de que a próxima gestão será instável. Renan agora é vendido como o “anteparo de crises”.
Antes da definição das eleições, a senadora era vista como uma possível solução para a crise, já que em pesquisa ficou entre os parlamentares mais influentes do Senado em 2018. Porém, Renan vem de uma sucessão de comandos da Câmara e do Senado, como pontuou a Folha, e o político entrou no radar de investidores estrangeiros que acompanham com cautela os sinais emitidos pelo presidente eleito no Brasil. Lá fora, explica um representante de uma corretora de valores, há a crença de que Bolsonaro aprova a nova Previdência em 2019.
Ainda conforme o jornal, no topo da Câmara ou do Senado, um parlamentar hostil à agenda do novo governo pode dificultar os planos.
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