Uma pesquisa do Instituto Ranking divulgada nesta terça-feira (4), mostra que o opositor mais claro de Marquinhos, aquele capaz de polarizar a eleição e ser visto como um "candidato natural” contra Trad, ainda não surgiu.
Em uma das simulações, Marquinhos tem 37% e na outra 41%. Em ambas o prefeito da capital, não tem nenhum de seus oponentes atingindo a casa de dois dígitos.
Além disso Marquinhos tem 32% na espontânea, número próximo ao da pesquisa estimulada, quando o leitor é lembrado quem são os candidatos para escolher.
A proximidade de intenções de voto entre ambos os números, mostra o prefeito em um patamar consolidado, um pouco acima dos 30%.
O quadro atual, nesse começo de fevereiro, é facilmente explicável. A atual administração tem realizado várias inaugurações e ações, o que coloca o administrador e candidato a reeleição em um grau de exposição muito acima de seus adversários.
Já na oposição, os campos políticos com envergadura para se contrapor a Marquinhos, seguem patinando.
O PSDB que tem sido desprezado pelo alcaide, divaga entre aliar-se ao prefeito, ou lançar Beto Pereira ou Rose Modesto. Navegando entre as três opções, não possui ninguém se apresentando como postulante de fato e sequer os dirigentes tucanos sabem o que virá pela frente.
A "onda" Bolsonaro, que produziu resultados eleitorais significativos em 2018, talvez não tenha o mesmo tamanho, mas segue forte o suficiente para sonhar com um segundo turno.
Não existe, porém, um nome consolidado para preencher esse espaço, pois há uma divisão nítida entre os deputados Capitão Contar (PSL), e Coronel David, que seria o candidato do Aliança, partido em formação e que nem existe ainda.
No MDB, André Puccinelli está entre os pesquisados, mas ele já declarou que não disputara a eleição,o que tira mais um adversário de Marquinhos do páreo.
Os únicos nomes em campanha, além do atual titular da cadeira de prefeito, são o empresário Paulo Matos (PSC), que alcançou 2% nas intenções de voto, fazendo oposição moderada à administração, e o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Migliolli (Solidariedade), que tem 3% em um dos levantamentos estimulados.
Mais que os resultados de sua gestão, a inexistência de um nome forte na oposição, é o maior aliado da reeleição. Apesar dessas questões que favorecem Trad, a fragmentação de vários nomes mostra que poderemos ter uma eleição em dois turnos.
Metodologia
O levantamento foi feito entre os dias 28 janeiro e 02 de fevereiro de 2020, a pesquisa ouviu 1.200 eleitores e eleitoras residentes em Campo Grande, com base nos mais recentes dados do IBGE 2010, TRE/TSE/2019. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de 2.85% para mais ou para menos, a consulta está registrada na Justiça Eleitoral com o número: MS-05366/2020.
Conheça os três cenários: