O presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de MS), Giancarlo Miranda, afirmou estar otimista com a reunião que acontecerá nesta segunda-feira (3) entre o governador Reinaldo Azambuja e representantes de todas as categorias do funcionalismo estadual.
“Acreditamos que o governador deva repassar pelo menos o índice inflacionário, que é previsto na Constituição. Caso contrário, ele não convocaria todas as categorias para a reunião, por isso estamos otimistas”, disse.
Giancarlo ainda acrescentou que a expectativa é de que o índice que deve ser repassado aos servidores públicos seja conforme os do IPCA e IGP-M, 4,5% e 5%, respectivamente.
“Caso o valor seja abaixo disso, nos reuniremos em assembleia para discutir novas formas de mobilização”, afirmou, acrescentando que o acampamento montado há cerca de um mês pela categoria em frente à governadoria ainda espera, além do reajuste salarial, discussão sobre compromissos assumidos pelo governador Reinaldo Azambuja durante a campanha eleitoral.
Parecer técnico
Na última quinta-feira (29), Reinaldo recebeu do secretario de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, um parecer que diz claramente que, como signatário das benesses da Lei Complementar 156, que permitiu aos estados renegociarem suas dívidas com a União, MS terá de cortar em outras rubricas o que der de aumento, ou seja, a tesoura terá de “picotar” investimentos ou custeio.
A concessão de reajuste sob qualquer título evitará desgaste político ao governador, mas terá contratempos legais e empurrará as finanças do Estado um degrau abaixo em sua estabilidade e pontualidade. Um secretário do “núcleo duro” da governadoria foi claro ao JD1 Notícias: "em épocas normais e com esse quadro financeiro, esse reajuste seria impossível. Hoje eu não sei".