A bancada petista da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aproveitou a primeira sessão solene do ano para repercutir a condenação do ex-presidente Lula na Casa de Leis. Três deputados estaduais membros do partido, alegaram que a sentença tem o intuito de atrapalhar a possível candidatura do petista a presidência da República em 2018.
Na tribuna, o deputado Cabo Almi disse que ocorreu um acerto prévio para garantir uma unanimidade com o objetivo de impedir o recurso do ex-presidente.
“Não houve direito ao contraditório e foi invertido o ônus da prova. Ficou claro que os votos foram combinados para garantir uma unanimidade, visando impedir o recurso de Lula. O julgamento foi seletivo e político”, declarou o parlamentar.
O segundo Secretário do Legislativo estadual, deputado Amarildo Cruz, disse que a decisão foi dada por conta de uma perseguição a Lula.
“Foram quase dez horas de julgamento sem apresentações de provas, tempo esse para usado para enrolar e enganar o cidadão. A condenação é uma sinalização clara de perseguição ao ex-presidente”, disse.
Já o parlamentar João Grandão frisou que não houve materialidade para a condenação. O deputado José Carlos Barbosa (PSB) também usou a palavra para comentar sobre o assunto. “Não houve julgamento da história de Lula. Se a justiça levar em consideração história de vida ou cargo ocupado, iria se criar categorias de réus”, declarou.
O ex-presidente Lula foi condenado a 12 anos de prisão no dia 24 de janeiro deste ano, pelo TRF-4, por corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.
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