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Política

“A palavra final vai ser da Câmara” diz Marquinhos sobre reajuste de vereadores

Previsto para a próxima legislatura, manifestantes foram a prefeitura pedir veto a aumento salarial em 2021

19 dezembro 2018 - 13h00Da redação    atualizado em 19/12/2018 às 13h07

Na manhã desta quarta-feira (19), manifestantes junto a representantes da  Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) e da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDLCG), se reuniram em frente a prefeitura municipal e solicitaram conversa por audiência com o prefeito, a fim de pedir que o mesmo vete o projeto de lei aprovado na câmara, que dá subsídio de 75% do piso salarial de um deputado estadual para vereadores que assumirem em 2021.

O movimento foi chamado de “#VetaMarquinhos” e após a chegada dos manifestantes, Marquinhos Trad, recebeu aproximadamente 15 pessoas, onde tratou do assunto. Um dos líderes do movimento Guto Scarpanti entregou um abaixo assinado com mais de 5 mil assinaturas contra o aumento. O reajuste de 48% votado na Câmara se sancionado, passará a vigorar em 2021.

Para o João Carlos Polidoro presidente da ACICG, é fundamental que o prefeito use do veto e que a Casa de Leis, aceite ou revogue o projeto. “Nós mostramos para ele [prefeito] que a sociedade não quer esse aumento e nós queremos o veto por toda uma situação, momento econômico não permite isso. Desemprego, famílias passando necessidade e ao mesmo tempo um projeto sendo votado para 48% de aumento para político”, disse Polidoro que considerou ser importante que a Câmara aceite o veto pensando na população.

O presidente da CDL, Adelaido Villa, falou que o pedido é de bom senso para a Câmara e para o prefeito, “nós entendemos o momento, e estamos retornando de uma crise terrível que toda a sociedade passou”.

Em entrevista ao JD1 Notícias, o prefeito Marquinhos Trad disse que o executivo não determina sobre reajuste dos vereadores. “O projeto está comigo para uma análise legal e constitucional, mas a palavra final é da Câmara. Eu tenho três caminhos, eu posso vetar, eles podem derrubar o veto; eu posso sancionar e eles podem entrar com projeto de lei imediato e revogar; eu posso me silenciar e eles podem promulgar ou revogar, ou seja, a palavra final é da Câmara, portanto quem vai decidir o salário são eles”, explicou o prefeito. 

Caso haja o veto do Executivo, a Casa de Leis tem 48 horas para se manifestar, e ao que tudo indica, o desfecho sobre o assunto será somente em janeiro de 2019, já que a o Legislativo terá a última sessão do ano na quinta-feira (20), antes do recesso. O prefeito afirmou que irá analisar o pedido com todos os aspectos políticos e administrativos e em breve responderá o questionamento dos manifestantes.

 

 

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