Deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira(11), a "Operação Ross" que cumpre mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul para investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte de Aécio Neves e políticos do estado. Os alvos são três senadores do PSDB e DEM, além do mesmo número de deputados federais do Solidariedade, PDT e PTB.
Crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa estão sendo investigados pela Força Tarefa. Ultrapassam os R$ 100 milhões os valores investigados, que teriam sido utilizados também para recebimento de apoio político.
A suspeita é de que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias. A ação é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio do ano passado. Conforme as investigações, as vantagens foram solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo de frigoríficos que teria feito o pagamento para fins da campanha presidencial de 2014.
Além do MS, são cumpridas no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Tocantins, e Amapá. Em Mato Grosso do Sul é estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 48 de intimações para prestar depoimento.
Denúncias
A operação se baseia em informações de empresários, que teriam relatado a promotores a emissão de notas fiscais frias. Há denúncias, que estão sob investigação, sobre a suposta compra de apoio político do Solidariedade, e que empresários teriam ajudado com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.
Nome
O nome da "Operação Ross" é referência ao explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo, na Antártida, fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sendo investigadas.