Em dois anos, foram identificados 22 novos tipos de drogas circulando em Mato Grosso do Sul. As análises foram feitas pelos peritos do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (Ialf) entre 2017 e 2018. Esse número sobe para 34 se levado em consideração que a equipe fez a primeira identificação em 2014.
A descoberta feita pela Perícia Oficial do Estado sobre essa nova atuação de traficantes repercutiu nacionalmente, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluindo os entorpecentes em uma lista de alerta para autoridades de todo o Brasil e ainda reportando para instituições internacionais.
De acordo com o site Dourados News, as novas drogas foram identificadas como ADB-Fubinaca (do grupo canabinoides sintéticos); 4-Fluoro-PHP, Dibutilona, MDPPP e N-Etilpentilona (Efilona) – que são do grupo catinonas sintéticas -; ainda 25B-NBOH, 25B-NBOMe, 25C-NBF, 25C-NBOH, 25C-NBOMe, 25E-NBOH, 25I-NBF, 25I-NBOH, 25I-NBOMe, 25C-B, 2C-I, DOC (do grupo feniletilaminas); DMT, MIPT e N,N-Dimetiltriptamina (do grupo triptaminas); além de Fentanil e Furanilfentanil (do grupo outras substâncias psicodélicos, opioides, sedativos/hipnóticos, estimulantes).
As novas substâncias psicoativas (NSP) identificadas em MS foram apreendidas em diferentes ações das Polícias Civil, Militar e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF). Quase 70% dessas novas substâncias foram descobertas entre 2013 e 2017.
No Brasil, o mercado ilegal se concentra em drogas do tipo feniletilaminas, canabinoides sintéticos, catinonas sintéticas, triptaminas, substâncias do tipo fenciclidina, substâncias de origem vegetal e outras substâncias (opioides, sedativas/hipnóticas, estimulantes e alucinógenas clássicas).
O uso dessas novas drogas pode causar convulsões, agitação, agressão, psicose aguda, desenvolvimento de dependência e até a morte. Ainda estão sendo realizados estudos para tentar identificar o potencial de risco para causar câncer e o nível de toxicidade desses novos entorpecentes. “A identidade da droga consumida é, por vezes, desconhecida ou mascarada, levando a efeitos imprevisíveis”, aponta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O resultado disso na saúde pública é o atendimento de emergências em hospitais.
Reportar Erro