O policial militar Fabiano Timóteo, foi afastado de suas funções na corporação da Polícia Militar do 5° BPM de Coxim, por agressão a um adolescente de 13, na noite de quinta-feira (24), que chegou a ser internado com hemorragia devido as lesões causadas pelo cabo.
A Corregedoria da PMMS instaurou Inquérito Policial Militar, conforme previsão legal, o militar segue afastado da função operacional pelo comandante, Major PM Luiz Cesar de Souza Herculano, até devida apuração dos fatos
A tia do adolescente, Patrícia Neri, 40ª nos, fez a denúncia da violênciaa às polícias Militar e Civil, que seguem no caso. Segundo ela, o cabo Fabiano Timóteo agrediu o menino com socos, deixando várias lesões pelo corpo.
O rosto da vítima, principalmente na região dos olhos, ficou marcado por hematomas devido aos socos. Entretanto, foram as agressões nas costas, que colocam a vida do menino em risco. Ele nasceu com um dos rins paralisados e as pancadas nessa região causaram hemorragia, sendo que a vítima precisou ser transferida no sistema vaga zero, na noite deste sábado (26), para Campo Grande.
De acordo com o Hospital Regional Álvaro Fontoura, no momento em que foi transferido o adolescente já estava urinando sangue. No início da tarde deste domingo (27) a informação da família é que ele vai ter de passar por uma cirurgia para conter a hemorragia.
De acordo com a ssessoria da Polícia Militar do 5° BPM, a ocorrência foi registrada como violação de domicílio, dano e vias de fato. Ao Edição MS, a tia da vítima contou que o menino brincava com outras crianças na rua e uma teria jogado pedra no portão da mãe do cabo, que mora ao lado. Já o cabo, teria dito, que o menino pulou o muro da sua residência.
Patrícia conta que estava sentada no quintal de casa, por volta das 20 horas e viu uma pessoa correndo, logo em seguida gritos. “Fui em direção aos gritos e presenciei meu sobrinho sendo surrado. A cena não sai da minha cabeça, ele pedia para o agressor parar e avisava que só tinha um rim”, relembrou.
Ainda de acordo com a tia, depois de ser flagrado, o policial parou de bater. Foi quando seu sobrinho deitou na calçada e começou a vomitar. “Foi um desespero”, definiu a tia, que ligou para a mãe da vítima, que também mora no bairro, e juntas providenciaram o socorro.
Vizinhos contam que não é o primeiro problema que o policial tem na Vila São Paulo, que em outras oportunidades situações foram relevadas, porém, os próprios moradores classificam que desta vez passou dos limites.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS) emitiu nesta segunda-feira (28), uma nota de repúdio ao comportamento do militar, confira: