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Em menos de uma semana, quatro pessoas morreram afogadas em MS

Entre as vítimas, estão duas crianças com menos de 10 anos

03 janeiro 2025 - 15h24Brenda Assis     atualizado em 03/01/2025 às 15h31

Quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, perderam a vida após se afogarem em Mato Grosso do Sul na última semana. A época de férias e festividades sempre acendem um alerta na sociedade por conta dos riscos perto de piscinas, caixas d’água e rios.

Conforme o apurado pelo JD1, a primeira vítima foi o jovem Samuel da Silva, de 26 anos, que desapareceu na região de Piraputanga durante a tarde de domingo (29), enquanto nadava no Rio Aquidauana com amigos e familiares. Seu corpo foi encontrado durante a tarde de segunda-feira (30), próximo à chácara Cachoeira de Pedra, enroscado entre as pedras do lado esquerdo do rio.

Ele estava na região para passear e se refrescar após conhecer o Morro do Paxixi.

A segunda vítima, identificada como Diego Moacyr, de 18 anos, desapareceu nas águas do Rio Aquidauana durante a tarde da última terça-feira (31), enquanto aproveitava a véspera de feriado com a namorada, parentes, uma adolescente e duas crianças.

Ele teria saído de Corumbá e ido para Rochedo no dia 26 de dezembro, onde passaria as festividades de final de ano na casa de parentes. No entanto, as comemorações foram interrompidas quando o jovem sumiu enquanto tomava banho na região conhecida como Figueira. O Corpo de Bombeiros de Campo Grande foi acionado e localizou o corpo de Diego durante as primeiras horas do dia 1° de janeiro.

O terceiro a perder a vida ao ser vítima de afogamento foi uma criança de apenas 6 anos. Lucas Fernando estava aproveitando o dia 31 com a família no Balneário Praia da Figueira, quando acabou se afogando em uma das piscinas do local.

Quando o Corpo de Bombeiros chegou até a região, o menino estava recebendo os primeiros socorros de médicos que estavam no local e dos guarda-vidas do balneário. Apesar de todas as manobras, ele teve uma parada cardiorrespiratória e faleceu a caminho da unidade de saúde.

A última vítima é o pequeno Fábio Ribeiro Benites, de apenas 3 anos, que se afogou dentro do bebedouro dos cavalos de uma chácara localizada na zona rural da cidade de Caarapó. O acidente aconteceu durante o dia 1° de janeiro.

O menino tem síndrome de down e gostava de brincar próximo ao local em que perdeu a vida. Durante uma dessas brincadeiras, ele teria caído dentro da caixa de água, sendo encontrado pelo irmão mais velho, que tentou socorrer a criança. Porém, ele chegou ao hospital sem sinais vitais.

Socorrido em estado grave – Apenas uma vítima de afogamento conseguiu escapar da morte. Dessa vez seria uma criança de 5 anos, que foi encontrada desacordada pela mãe dentro da piscina da casa em que mora.

A genitora correu para acionar o vizinho, que é militar do Corpo de Bombeiros, que rapidamente prestou os primeiros socorros ao menino e conseguiu ajudar a salvá-lo da morte até a chegada da guarnição de resgate. Ainda assim, a criança transferida para a cidade de Campo Grande, onde passa por exames detalhados.

Alerta – Até o dia 9 de dezembro de 2024, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul havia registrado 60 casos de afogamentos no estado. A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA) aponta que o risco de morte por afogamento em áreas de banho sem guarda-vidas é 60 vezes maior, o que reforça a necessidade de sempre procurar locais supervisionados.

Para evitar acidentes, é importante evitar saltos e mergulhos em águas turvas e com correntosas, como as do Rio Aquidauana. Para evitar tragédias em meio à diversão, o Corpo de Bombeiros Militar orienta:

Para banhistas: evite entrar na água pulando de cabeça. Entre primeiro com os pés e não pule em águas desconhecidas. Se ingerir bebida alcóolica evite entrar na água. Para evitar o afogamento de crianças, elas devem sempre entrar na água acompanhadas ou sob observação dos pais ou responsáveis. Na água, mantenha a criança a no máximo um braço de distância, garantindo suporte caso necessário.

Para a vítima de afogamento: lembre-se sempre de manter a calma. A maioria das pessoas morre por conta do desgaste físico na luta pela sobrevivência. Flutue e acene por socorro. Só grite se realmente alguém puder lhe ouvir, caso contrário, isso vai acelerar o cansaço e o afogamento. Caso esteja no mar, deixe ser levado para o alto mar e acene por socorro ou tente alcançar um banco de areia. Em rios, procure manter os pés à frente da cabeça, usando as mãos e braços para dar flutuação e utilize a correnteza ao seu favor em busca da margem.

Reconhecendo uma situação de afogamento: a primeira coisa a se fazer em caso de afogamento é reconhecer um afogamento. Ao contrário do que se vê nos filmes, o banhista em apuros não acena com a mão e nem grita por ajuda. O banhista encontra-se tipicamente em posição vertical, com os braços estendidos lateralmente, batendo na água. Ocorre também a submersão e emersão da cabeça diversas vezes, na luta para manter as vias aéreas acima da superfície da água. Na busca pela respiração, dificilmente as vítimas conseguem fôlego para gritar por socorro. Então, ao reconhecer um afogamento ligue imediatamente ou peça para alguém ligar 193 e avise o que está acontecendo, indicando local, quantidade de pessoas envolvidas e o que está sendo feito.

Ao presenciar uma situação de afogamento: Após ligar 193, forneça flutuação para a vítima. Caso não haja boia salva-vidas no local, improvise com objetos flutuantes, tais como: garrafas de plástico vazias, pranchas de surf, materiais de isopor ou espuma, corda, galho resistente ou qualquer outro material que garanta suporte à vítima. O maior objetivo deve ser manter a vítima com as vias aéreas fora da água e parar o processo de afogamento, para assim ganhar tempo até a chegada do socorro profissional. Só entre na água para ajudar se tiver treinamento e preparo físico e, sempre, com um material de flutuação para oferecer ao afogado. Jamais busque o contato direto. Lembre-se: a prioridade é ajudar jogando o material de flutuação, sem entrar na água, se possível for. Caso você necessite fazer isso, tenham cuidado ao tentar retirar a vítima da água, pois você pode se tornar uma segunda vítima.

 

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