Deflagrada na manhã desta terça-feira (26) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a Operação Snow mirou alguns empresários, policiais civis e até mesmo caminhoneiros que agiam em uma rede de tráfico organizado por uma facção criminosa para o transporte de drogas em Mato Grosso do Sul e até para outros Estados.
Em relação aos policiais civis, são dois envolvidos, que foram presos e encaminhados para celas do Presídio de Trânsito e da 3° Delegacia de Polícia Civil. Ao todo, foram 21 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão na ofensiva do órgão.
A Polícia Civil se manifestou e informou por meio de nota que "não tolera desvios de conduta nem qualquer comportamento que comprometa a integridade da instituição e a confiança da sociedade", afirmando que além das medidas de natureza criminal, procedimentos administrativos estão em andamento.
"No decorrer dessa operação, os mandados de prisão relacionados à prisão e busca e apreensão relacionados a policiais civis foram cumpridos pela nossa instituição, por meio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil".
Durante o cumprimento dos mandados, Frank Santos de Oliveira, Joesley da Rosa, Jucimar Galvan e Marcio André Rocha Faria também foram presos em flagrante por estarem com arma em situação irregular em diferentes pontos de Campo Grande.
Operação - Na investigação do Gaeco, a facção usava policiais e outros meios para o transporte de drogas entre Campo Grande e Ponta Porã, mas distribuindo os entorpecentes, principalmente cocaína, para outros estados.
A organização criminosa fazia o escoamento da droga por meio de empresas de transporte que eram utilizadas para lavagem de capitais, ocultando a real origem e destinação dos valores do narcotráfico. O órgão descobriu que a facção transportava as drogas em meio a cargas de carne e aves, dificultando a fiscalização dos policiais nas rodovias, já que o baú do caminhão frigorífico viajava lacrado.
Outro ponto descoberto pela investigação é que existia um 'frete seguro', já que quem realizava o transporte das drogas de Ponta Porã até Campo Grande, eram policiais civis que utilizavam viaturas oficiais, já que não era parada, muito menos fiscalizada por outras unidades de segurança pública.
Veja quem são os alvos da operação:
Ademilson Cramolish Palombo - citado no crime contra o garagista Alma
Adriano Diogo Veríssimo - caminhoneiro
Anderson Cesar dos Santos - auxiliar administrativo
Ademar Almeida Ribas - profissão não identificada
Bruno Ascari - caminhoneiro
Douglas Lima de Oliveira - acusado de assassinato em 2022 em Campo Grande
Darli Oliveira Santander - empresária
Eric do Nascimento Marques - profissão não identificada
Fábio Antônio Alves da Silva - profissão não identificada
Fernando Henrique Souza dos Santos - Motorista de caminhão
Frank Santos de Oliveira - caminhoneiro
Hugo Cesar Benites - Policial Civil
Joesley da Rosa - caminhoneiro
Jucimar Galvan - empresário
Luiz Paulo da Silva Santos - profissão não identificada
Marcio André Rocha Faria - auxiliar de vendas e preso com arma na residência
Mayk Rodrigo Gama -
Natoni Lima de Oliveira - profissão não identificada
Paulo Cesar Jara Ibarrola - profissão não identificada
Rodney Gonçalves Medina - empresário e já teve ligação com tráfico em SP
Welington Souza de Lima - profissão não identificada