A Izabela Guimarães, diretora clínica da Santa Casa de Campo Grande, João Antônio Pereira Mateus, chefe do setor de ortopedia, e o Hospital da Santa Casa, representado pelo advogado e diretor de Finanças Adjunto do Hospital, Paulo Guilherme Guttierrez Mariosa, procuraram a DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro para denunciar a falta de insumos para atendimentos dos pacientes.
Conforme o boletim de ocorrência, a unidade de saúde estava ‘vivendo no limite’ há algumas semanas, mas como os insumos pararam de vez de serem fornecidos, o setor de ortopedia precisou fechar as portas, já que não tem próteses ortopédicas para realização de cirurgias de emergência, de pacientes já internados e dos que não param de chegar.
Ainda na denúncia, é citado que o gestor pleno da saúde é o município de Campo Grande, através da prefeitura, que faz o repasse da verba para a Santa Casa continuar funcionando. “A verba é insuficiente para o custeio das despesas mensais de acordo com as informações que é repassada pela direção da Instituição. O déficit já é de conhecimento do município e outros órgãos como: Ministério Público, CRM (Centro Regional de Medicina), SES (Secretaria Estadual de Saúde) e SESAU (Secretaria Municipal de Saúde)”, cita o registro policial.
O chefe do setor de ortopedia, João Antônio, entregou a Polícia Civil uma lista com o nome de 70 pacientes que estão correndo risco de morte ou de sofrer sequelas graves caso não passem por cirurgias. Porém, o médico explicou as autoridades que esse número pode ser ainda maior, uma vez que: “acidentes ocorrem a todo momento e chegam na unidade. Fechou a porta da ortopedia hoje cedo. Colapsou. Não dá mais”, disse.
É explicado no boletim de ocorrência que o material não está sendo fornecido por conta da falta de pagamento dos fornecedores. O advogado citou que uma medida cível, que pode bloquear mais de R$ 46 milhões em verbas públicas da Prefeitura de Campo Grande.
Por meio de nota, a Santa Casa informou que há anos vem atuando em condições de subfinanciamento, embora seja responsável por mais da metade dos atendimentos hospitalares qualificados na região de Campo Grande, com impacto significativo na saúde pública local. Agora, o hospital corre ‘riscos iminentes de interrupção total de seus atendimentos hospitalares’.
“Diante da urgência e relevância do caso, foi solicitada, na tarde desta terça-feira, 25 de março de 2025, a concessão de tutela de urgência, para determinar ao município o repasse imediato do montante de R$ 46.381.533,60, dentro de 48 horas, sob pena de sequestro do valor do erário municipal. A medida visa assegurar a continuidade dos serviços prestados pela instituição, para garantir o acesso da população aos atendimentos hospitalares indispensáveis”.
O montante estaria pendente de pagamento para a unidade hospitalar desde a pandemia de COVID-19 em 2020, e que permanecem pendentes de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A denúncia foi registrada como ‘preservação de direto’ e será investigada pela Polícia Civil.
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