Advogados que estavam inseridos em uma facção atuante em Mato Grosso do Sul, eram responsáveis por corromper servidores públicos por informações privilegiadas e também contar com ajuda de policiais no monitoramento de drogas, especialmente cocaína, no narcotráfico que era realizado pela organização criminosa. A informação foi divulgada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Nesta quarta-feira (15), foi realizada a segunda fase da Operação Snow, visando cumprir 9 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Piratininga, no interior de São Paulo.
Conforme a nota divulgada pelo Ministério Público, o líder da organização criminosa atuava para monitorar eventuais investidas das forças de segurança, via cooptação de servidores públicos corruptos, o que era feito por meio de advogados.
A atuação dos advogados não se limitava à prestação de serviços jurídicos, mas envolvia a prática de ilícitos, como a corrupção de agentes públicos para a obtenção de informações privilegiadas e monitoramento das cargas de drogas, além de serem conselheiros de outros assuntos sensíveis da organização.
O escoamento da droga, principalmente cocaína, era realizado por meio de empresas de transporte, inclusive, descobriu-se agora, de empresas terceirizadas dos Correios.
A primeira fase da Operação Snow, aconteceu no dia 26 de março de 2024, e segundo o Gaeco, a partir da análise do material apreendido, especialmente telefones celulares, revelou que ao menos outras 17 (dezessete) pessoas integram a organização criminosa, alvo dos trabalhos, entre os quais advogados e policial civil.
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