O juiz da 2ª Vara Cível de Campo Grande, Paulo Afonso de Oliveira, negou qualquer favorecimento a advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, presa na segunda-feira (30), sob suspeita de participação em um golpe milionário contra um idoso.
Emmanuelle era advogada de José Geraldo Tadeu de Oliveira, que usava o nome falso de João Nascimento dos Santos, suposto proprietário de uma fazenda que seria comprada pela vítima, Salvador José Monteiro de Barros, 72 anos, residente em Petrópolis - Rio de Janeiro.
A venda da propriedade rural teria sido fechada com base em promissórias e Emmanuelle teria falsificado a assinatura do idoso. A advogada ingressou com uma ação na Justiça para cobrar o valor de R$ 5,3 milhões da vítima. As investigações apontam que até a assinatura e o carimbo do cartório foram falsificados.
No dia 22 de junho, o juiz Paulo Afonso autorizou o depósito da quantia à advogada, com base na documentação apresentada.
Dois dias depois, Paulo Afonso soube da falsificação do documento, desfez a decisão e ordenou que a quantia fosse devolvida. Segundo Paulo, metade do valor já foi restituído.
Afonso negou qualquer proximidade com a advogada e seu marido, o juiz Aldo Ferreira da Silva. “Temos uma relação de magistrados”, afirmou.
Os dois magistrados atuaram juntos em Aquidauana, no ano de 2000.
Entenda o caso
A advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva foi presa na segunda-feira (30), suspeita de aplicar um golpe milionário em Salvador José Monteiro de Barros, 72 anos.
Além de Emmanuelle, três acusados de participação no esquema já haviam sido presos. José Geraldo, Delcinei Custódio e Ronei Pécora.
O caso veio à tona quando a vítima foi alvo de bloqueio na ordem de R$ 5,3 milhões. A quantia foi desbloqueada e o dinheiro foi para a conta de Emmanuelle. Salvador procurou sua advogada e descobriu o golpe.
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