Menu
Menu
Busca sábado, 21 de dezembro de 2024
Opinião

OPINIÃO: A culpa é sua, Sr. Político!

16 setembro 2024 - 17h59Sergio Maidana     atualizado em 16/09/2024 às 18h00

O fato novo na eleição deste ano foi o “fenômeno” Pablo Marçal em São Paulo. Os políticos profissionais ficaram perplexos, marketeiros ficaram malucos procurando uma resposta, jornalistas indignados com a escolha da população, e empresários duvidosos do futuro.

Na realidade o aparecimento de um candidato do perfil de Pablo Marçal já era esperado e a culpa toda é dos políticos, que sempre olhando o próprio umbigo, não pensaram que o feitiço que aplicavam  na lei eleitoral, poderia virar contra o feiticeiro.

Nas últimas décadas, apesar da conquista da “Ficha Limpa” (que os políticos profissionais não aceitam, e tenta em cada eleição burlá-la ou enfraquecê-la) e  do voto proporcional em chapa pura de partido (até que enfim acabou com “balaio de gato” de coligação entre partidos de aluguel, com objetivo de conquistar legenda partidária, onde o candidato rico sempre ganhava), porém, vimos o enfraquecimento  da lei eleitoral com o gasto público para a campanha, sempre anistiando as multas da justiça eleitoral, e “arrumação” para candidato artistas, figuras públicas  (como jogadores de futebol) e apresentadores de tv (Tiririca é um exemplo), o que enfraqueceu a liderança política daquele que vem da base do trabalho social ou sindical (lembrando que tem os da classe empresarial e da classe trabalhadora).

Nos últimos 15 anos, com a proliferação em massa do celular em redes sociais, com comunicação, 2G, 4G e agora 5G, onde você tem um aparelho nas mãos que é um micro computador, a informação ficou dinâmica e sem filtro. Vimos nas últimas eleições os candidatos usar e abusar deste meio de comunicação, apresentando fakenews e “conversa fiada” sem conhecimento algum de causa e efeito, se dando bem nas urnas.

Os políticos nada fizeram para proibir ou vigiar as redes sociais as imagens e notícias tendenciosas, as mentiras de “influencer” (mais nova picaretagem no Brasil, onde o ignorante fala de assuntos que não conhece, compra supostos seguidores, e falseia a verdade) se apresentando em mundos fantasiosos, com ideias utópicas ou impossíveis, vendendo sonhos para um povo pouco amigo da leitura (a estatística mostra que o povo brasileiro ao ano faz a leitura média de 1 livros não didático, enquanto nos EUA ou França a média é 10 livros).

 Assim, vemos a rapidez que se passam bobagens e clichês que só uma criança ou pessoa de QI baixo consegue ser enganado (como o QI do brasileiro é médio de +85, abaixo da média mundial de +90, você pode tirar uma ideia do que está ocorrendo). O  exército de  apresentadores de programas em rede sociais,  fazem de tudo para se aparecer, ostentar riqueza, dar um “ar” de chique, culto e forte (geralmente associando seu dia a dia a academia de ginástica), mas que  apurado a realidade não passa de um estelionatário de imagens que não  são suas, e qualidades que não tem.

Mas, no mundo da imagem, tudo passa ser real até que pela centésima vez você desenhe e explique para o incauto que ele está sendo enganado, mas em eleição não temos tempo para isso, e estamos elegendo gente desqualificada até para ser “fantasma” em órgão público. Aqui temos o Pablo Marçal como exemplo, candidato que adora xingar os adversários, insultar, falar da vida do outro, mas não tem coragem de fazer uma “mea culpa” e pedir desculpas por ter errado no passado, ter sido processado e  condenado por estelionato, ter uma fortuna suspeita (uns falam que é produto de crime, mas ele afirma que são seus cursos on-line - que passa a ser duvidoso, pois o curso que ele aplica são comuns e triviais), além de se colocar falsamente como uma pessoa capacitada para gerir a maior cidade do país, mas não apresenta nada, sequer um dado estatístico de como  e de que forma fará.

Por outro lado este tipos de personagens quando candidatos, continua com a exposição de suas imagems e vídeos se auto promovendo em redes sociais, podendo seus asseclas e empregados “acionar financeiramente” para colocar em evidência a imagem  do candidato (o que os políticos fizeram para “barrar” esta “vantagem” da turminha da internet? Nada!), além de estrategicamente encarnar o “anti-candidato” criticando a tudo e a todos, e não dizendo para o que veio, e o que fará (aí entraremos na seara da eleição de Jair Bolsonaro que passou 4 anos brigando com tudo e com todos sem nenhum plano para o futuro do Brasil).

Acredito que está na hora de um pouquinho de seriedade dos políticos com as eleições, e necessário urgente acabar com a “janela de filiação em abril” o que leva a desestruturar partidos e candidaturas populares, e agraciar o cacique do partido que faz esquemas e coloca seus agregados e amigos como candidatos, vindo neste meio os oportunistas que nada querem com a politica a não ser ficar rico roubando o erário. E termos lei com maior rigor para as “figuras virtuais” que não afastam seus vídeos fakenews e formatado das redes enquanto é candidato.

Sergio Maidana - advogado

 

Reportar Erro

Deixe seu Comentário

Leia Também

Mateus Abrita
Opinião
OPINIÃO: Mato Grosso do Sul não cresce só pelo agro: indústria ganha vigor e mostra caminhos ao país
Sergio Maidana, advogado
Opinião
Opinião: E a cobrança predatória, Excelência?
Ângelo Arruda, arquiteto e urbanista
Opinião
Um novo aeroporto para Campo Grande
Sergio Maidana, advogado
Opinião
Opinião: JUSTIÇA DO TRABALHO NEOLIBERAL?
O advogado, Sergio Maidana
Opinião
OPINIÃO: Calma violência
O advogado, Sergio Maidana
Opinião
OPINIÃO: O fim da política?

Mais Lidas

JD1TV: Campo-grandenses flagram 1° Tesla Cybertruck andando pelas ruas da Capital
Cidade
JD1TV: Campo-grandenses flagram 1° Tesla Cybertruck andando pelas ruas da Capital
Zagueiro do Corinthians tem foto íntima vazada e gera polêmica na internet
Esportes
Zagueiro do Corinthians tem foto íntima vazada e gera polêmica na internet
Briga judicial libera aumento de passagem de ônibus em Campo Grande
Cidade
Briga judicial libera aumento de passagem de ônibus em Campo Grande
Caso foi registrado na delegacia de Corumbá
Polícia
Jovem morre dias depois de ser estuprado com cabo de rodo em hotel de Corumbá