Quando se fala em volta ou não do horário de verão para MATO GROSSO DO SUL, é necessário noções básicas de geografia, e também de planejamento urbano. E não se trata de gostar ou não, é questão de RACIONALIDADE.
Vamos lá, deputado, que ficou “bravinho” quando contestei seu projeto acabando com o horário de verão.
O fusos horários no Brasil ( e no mundo) dispostos seguindo-se os meridianos, ou seja, no sentido norte-sul.
Acontece que Deus continua não dando a mínima bola para as convenções dos humanos, aliás, cada dia mais emburrecidos e estado de regressão mental e espiritual: o Sol incide sobre a terra em um ângulo de 23⁰27’ (latitude do Trópico de Capricórnio).
O que isso faz?
No dia 17 de outubro, por exemplo, o sol nasce em Campo Grande apenas 24 minutos depois de Brasília, Corumbá, cidade mais à oeste, 27 minutos e Paranaíba apenas 11 minutos depois de Brasília. Ou seja, nosso horário é que deveria, por praticidade, ser igual ao horário de Brasília e não ter a diferença de uma hora, como atualmente.
Por isso se justifica que as cidades mais à leste do Estado já adotem, na prática, o horário de Brasília!
Quanto as queixas quanto ao horário de verão em relação à segurança, me parece mais um problema de segurança e não do horário! E aí entra o planejamento urbano.
Antigamente, em pequenas cidades – que ainda existem – os percursos eram percorridos à pé, em poucos minutos. Hoje, por exemplo, em Campo Grande, a sétima cidade em tamanho no Brasil, é absurdo e BURRO, os horários adotados pelo comércio e, principalmente, escolas. O TEMPO de percurso é muito grande para os horários de cidade pequena ainda adotados!
Não se justifica começar certas atividades as 7:00h ou 7:30h, inclusive para melhoria da mobilidade urbana.
Então, o que é necessário é adequar-se os horários de algumas atividades e não reclamar do horário de verão!
Aliás, o grande beneficiário do horário de verão são as atividades ligadas ao turismo, que PODERIA ser uma prioridade no Estado, mas ainda não é.
Quanto à saúde, não tenho estudos científicos sérios, da REALIDADE LOCAL, para dizer se afeta ou não. Afeta a preguiça certamente, com esses horários de fazenda impostos á nova realidade urbana.
Só sei dizer que o deputado deveria reclamar das empresas de aviação que dispõem, em Campo Grande, a maioria dos seus (poucos) horários pela madrugada: aí sim, o nobre representante faria uma boa ação pública.
Sem terraplanismo.
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