Voltar de uma festa, de uma comemoração ou de um feriado prolongado, geralmente não é algo fácil para grande parte das pessoas. A euforia é a forma mais fugaz de felicidade, e os efeitos que ela deixa quando acaba, podem acabar sendo negativos, não apenas em razão do estado psicológico e emocional, mas também em razão dos efeitos sobre a própria fisiologia. A felicidade, dentro desse conceito, é algo difícil de ser mantido de modo constante, e isso, com o tempo, acaba gerando infelicidade e frustração, sobretudo se levarmos em conta que grande parte da nossa vida é composta por responsabilidades diárias, pela rotina do trabalho, pelos desafios, e não apenas de festas e badalação.
De acordo com alguns estudiosos, a maioria das pessoas do mundo são felizes sim, mas não são eufóricas. Não existe ninguém que consiga permanecer nesse estado o tempo todo. Alguém pode estar sereno, ou ser uma pessoa mais tímida e pacata, mas estar, muito feliz! No entanto, isso não é percebido no dia-a-dia. A grande maioria das pessoas ainda associa felicidade à euforia, uma sensação de alegria extrema, que tem um efeito rápido e temporário, e que, ao acabar, leva a pessoa a uma sensação profunda de tristeza e de vazio interno. Aqueles que só aprenderam associar a felicidade a festas e conquistas grandiosas, possuem um risco maior de passar por estados frequentes de frustração e desapontamento, e evoluir para uma depressão, pois suas expectativas são altas demais, e a vida não é feita apenas de “altos” momentos, mas de “altos e baixos”. São aqueles que não conseguem enxergar a felicidade nas coisas mais banais do dia-a-dia. As pequenas conquistas diárias ou mesmo a própria saúde, passam a ser vistas como algo comum, sendo apenas lembrados com a devida importância, quando deixam de funcionar ou quando acabam.
Ser feliz é muito mais do que uma idolatria emocional ou o foco só no prazer imediato. A felicidade moderada muitas vezes é a melhor opção. A importância de se ter esse conhecimento é fundamental afim de que as pessoas se desvinculem da ditadura da felicidade, ou de modelos pregados por algo ou alguém. Infelizmente muitas coisas na vida só são valorizadas, quando saem de nossas mãos. Aqueles que possuem uma vida regida apenas pelo prazer, tornam-na vazia, sem significado e infeliz, e é justamente por essa dificuldade, que muitos não conseguem perceber a felicidade no seu dia-a-dia, tornando-se pessoas eternamente insatisfeitas.
Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Trainer em Psicologia Positiva, Neurossemântica e PNL. É titular do site www.psicotrainer.com.br onde escreve artigos diversos sobre Psicologia Positiva, Coaching e Inteligência Emocional.
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