A primeira entrevista da série, que terá os pré-candidatos ao Governo de MS, inicia-se com ex-governador André Puccinelli, que disputará a eleição pelo MDB.
Ex-secretário, ex-prefeito, ex-deputado estadual e federal, e também ex-governador, André, argumenta sobre os motivos que o levam a tentar novamente, comandar os destinos de Mato Grosso do Sul.
Na próxima semana teremos entrevista com o governador Reinaldo Azambuja.
JD1 Notícias - O senhor anunciou que ia cuidar dos netos, por que mudou?
André Puccinelli - Quando nós terminamos o governo, a Simone e muitos companheiros de partido queriam que eu saísse como candidato ao senado, eu acreditava que tivesse terminado um ciclo político e apresentando gente nova, como uma delas a Simone. Por insistência dos companheiros de partido e muitos outros partidos, resolvi aceitar o desafio do “volta André” e por meu nome como pré-candidato a apreciação da população.
JD1 Notícias - Os problemas jurídicos que o senhor enfrenta, não são desestimulantes para uma candidatura?
André Puccinelli - Eu sempre fui a favor de toda e qualquer investigação, e após as reivindicações, muitos dos processos que alguns adversários como o PT outrora e alguns adversários mais recentes colocaram, me deram absolvição total me dando um atestado de idoneidade, só há uma única investigação em curso agora, tenho certeza absoluta que como as demais, comprovarão e me darão novamente o atestado de idoneidade. Portanto, a verdade, no meu entender, acaba sempre aparecendo e a verdade aparecendo, não há problema algum.
JD1 Notícias - Por que o senhor quer ser governador novamente?
André Puccinelli - Não fui eu quem quis, foram me buscar, insistiram do MDB e de vários outros partidos, cerca de dez partidos aproximadamente, que provavelmente formarão as nossas alianças no pleito de 2018 e que me fizeram aceitar honrosamente os insistentes convites para o “volta André”.
A motivação baseou-se no que disseram os companheiros, volta, precisa dinamizar novamente a economia do Estado de Mato Grosso do Sul, que está parada, volta que você precisa impulsionar de novo o estado, o Mato Grosso do Sul precisa de um desenvolvimento mais célere, mais consistente e você consegue fazer isso com a sua equipe. Eu digo que não é só uma pessoa, é um conjunto, é uma equipe que faz acontecer ou não acontecer, com o desafio de voltar a fazer Mato Grosso do Sul crescer, e se tornar maior e melhor, é que aceitamos o desafio.
JD1 Notícias - Os partidos DEM e Podemos podem vir a apoiá-lo?
André Puccinelli - Quanto ao DEM, eu tenho esperanças bem fundamentadas, se não lançar candidato ao governo do estado, que todo partido tem que procurar lançar candidatos ao governo, se não lançar, eu creio que o DEM acabe ficando comigo, torço por isso, estou insistindo nisso.
O Podemos eu não sei. Eles vieram conversar comigo e eles estão neste momento, com o doutor Odilon, então eu disse: “vocês que tem que decidir a sua vida de lá, eu não quero tirar ninguém de ninguém”. Então se eles resolverem a vida dele lá e saírem de lá e quiserem vir aqui, de braços abertos tem espaço aqui do nosso lado.
JD1 Notícias - O senhor fez boas gestões alicerçadas em parcerias com o governo federal, mas essas fontes minguaram. E agora?
André Puccinelli - Agora temos que montar uma equipe boa de trabalho, nós enfrentamos em oito anos de governo, duas crises mundiais, uma em 2008, que repercutiu em 2009 e outra em 2011 que repercutiu em 2011, 2012 e no começo de 2013. Nós tivemos duas crises, quem se propõe a trabalhar, tem que trabalhar e procurar montar uma equipe competente, que será quase totalmente de gente nova, para se chegarmos ao governo do estado, tocarmos com muita vontade de vencer, com muita determinação de trabalho, com competência para vencer a crise.
JD1 Notícias - Sua equipe, em um eventual governo, seria com base na mesma anterior?
André Puccinelli - Nossa equipe será 90% nova, tanto de homens, quanto de mulheres. Quem trabalha comigo sabe que tem que trabalhar das “0h de um dia até meia-noite do mesmo dia”, terão que trabalhar com determinação, com correção, com competência, porque quem não for competente, não permanece à frente. Se nós, pré-candidatos, nos tornarmos candidatos e vencermos as eleições, a tônica é: não tem dia, não tem hora para trabalhar.
JD1 Notícias - O senhor vê um sentimento de renovação nas ruas?
André Puccinelli - Eu me envolvo na política estudantil desde de 1966, sempre há um sentimento de renovação, aos olhos da população a renovação foi reclamada em 1964, foi reclamada em 1970,1980, 1990. A renovação sempre foi reclamada, mas de vez em quando retornam figuras que a população acha que o que foi feito, que foi realizado, foi de forma competente e não apareceram novas lideranças que empolgassem, para que ocorra a renovação.
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