O 27º Campeonato Nacional de Futebol Master, que ocorreu neste fim de semana, em Campo Grande (MS), teve vítória épica conquistada pelos magistrados do Rio de Janeiro(Amarj) que venceram por 2×1 a Associação dos Magistrados do Rio Grande do Norte (Amarn).
Das seis partidas, a equipe fluminense marcou 13 gols e sofreu apenas três. Na primeira fase da competição, o time do Rio de Janeiro derrotou a Associação do Pará (Amepa) por 3×0, empatou com os magistrados da Bahia (Amab) em 1×1 e venceu a equipe de Mato Grosso (Amam) por 2×0.
Nas quartas de final, a AMAERJ goleou a Associação do Distrito Federal (Amagis-DF) por 4×0. A classificação para a final foi conquistada nos pênaltis, após o empate em 1×1 com os magistrados catarinenses (AMC) na semifinal.
“Esse campeonato foi marcado pela superação da equipe do Rio de Janeiro. Apesar dos desfalques e jogadores machucados, prevaleceu a união do grupo e a força de vontade dos jogadores”, afirmou o diretor de Desportos da AMAERJ, Ricardo Starling.
A entidade fluminense conta com o apoio esportivo da Mútua dos Magistrados e da Cooperativa de Crédito dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Magicredi).
Campanha do título:
1ª fase – AMAERJ 3×0 Amepa
1ª fase – AMAERJ 1×1 Amab
1ª fase – AMAERJ 2×0 Amam
Quartas de final – AMAERJ 4×0 Amagis-DF
Semifinal – AMAERJ 1×1 AMC (AMAERJ venceu nos pênaltis por 4×3)
Final – AMAERJ 2×1 Amarn
Classificação final:
1º AMAERJ
2º Amarn
3º AMC
4º Amab
O advogado Wilson Loubet, acompanhou o campeonato e comentou sobre a disputa. Confira abaixo:
"UMA CONQUISTA IMPENSÁVEL Alguns viriam com a costumeira frase do “futebol se ganha dentro das quatro linhas” ou “caixinha de surpresas” etc. mas nada que se possa produzir, mesmo em esforço de memória, traduz o que meus olhos viram em três dias de torneio entre Magistrados de vários rincões, com sotaques peculiares e expressões próprias de cada região do Brasil. Sim, acompanhei mais a equipe da Amaerj, (pela amizade que me dão a honra de desfrutar)cuja atuação chega quase ser indescritível! Alguns dirão que assisti muitas palestras de superação, ou aqueles filmes em que um treinador, de qualquer esporte, assume uma equipe em que a vitória é algo impensável. Um selecionado que entra em campo com sete atletas e,pelo menos três deles, com lesões que quase não lhes permite movimentação — vencer uma partida é ir além do inesperado. Venceram cinco no tempo regulamentar e, quando houve empate, batendo pênaltis precisos, triunfaram sobre os Masters de Santa Catarina (destaque para a cobrança do Adillar Teixeira - serenidade, frieza, chute colocado quase na gaveta). Aliás, este, ao ser trocado de posição na metade do jogo com Santa Catarina, acabou por dar um brilho a mais no trabalho do treinador Márcio Barbosa. Rodrigo Faria voava em campo com presença marcante em cada lance; assisti a um Tiago Holanda que parecia jogar em câmera lenta, com passes precisos, cabeça erguida, servindo seus companheiros com maestria. Sandro Pithan, enquanto aguentou, foi preciso nos lançamentos para a área, ora buscando Rodrigo Faria, ora o Carlos Eduardo Figueiredo. Aliás, em lançamentos,tanto com as mãos quanto com os pés, palavras não expressam o que Guilherme Andrade, goleiro menos vazado, fez durante os confrontos! Atleta que joga olhando mais para a bola do que para o adversário, e tinha tudo para dar errado, mas era o que diferenciava o “Serginho” (Sérgio Arruda Fernandes). Parecia que conversava com a bola. Ganhou todas na intermediária e muitas vezes atuando como segundo zagueiro, quando Ricardo e Alexandre Barbosa adiantavam um pouco mais, na marcação. Ah, a magia do futebol contagiante; a ironia que condenou os adversários que acreditaram no “esse jogo já é nosso” ao verem uma seleção de veteranos em situação tão precária entrar em quadra. E na final, a torcida, que se encantou com os dribles do camisa 10 da equipe do Rio Grande do Norte, começou a gritar: “o time de branco está morto”, “essa já foi”, dentre outras expressões que, ao invés de diminuir os atletas do Rio de Janeiro , os fizeram ressurgir de uma “quase derrota”! Se superaram, e, naquela final de guerra, vem uma bola para a área e, o mais lesionado de todos Alexandre Cruz - (porque o Carlos Eduardo, artilheiro do torneio e que já havia feito o primeiro gol, não aguentou prosseguir) - bate de pronto e sela a conquista merecida! Terminada a partida e entre abraços, gritos de “o campeão voltou”, de longe vi a principal personagem dessa história, solitária, esquecida e com gotículas de chuva sobre si. Parecia dizer: são lágrimas de alegria, porque eu, a bola, é que sou a verdadeira campeã e, apesar de, ao término das partidas, não ser homenageada como mereço, sou imensamente grata pelo carinho com que sou tratada sempre que homens, heráldicos, cavalheiros e elegantes, me fazem flutuar pelos gramados, como vivi nesses três dias, em Campo Grande, nos campos da Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul. Ninguém me contou! Eu estava lá!!!"
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