Justiça

Coffee Break: audiência com Puccinelli é adiada por causa do coronavírus

Os demais depoimentos também foram adiados para data ainda não definida

16 MAR 2020 • POR Joilson Francelino • 10h30
O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli - Reprodução

O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, David de Oliveira Gomes Filho, suspendeu nesta segunda-feira (16), a nova fase de audiências que ouviria denunciados por improbidade administrativa, no âmbito da Operação Coffee Break.

“Diante do alto potencial de propagação do coronavírus (Covid-19), que chegou a ser classificado como pandemia pela OMS, e, considerando que a sala de audiências da 2ª Vara de Direitos Coletivos é pequena e sem ventilação, ficam adiadas as audiências designadas neste processo para data que será definida futuramente. Recolha-se os mandados expedidos independentemente de cumprimento”, decidiu o magistrado.

O primeiro a prestar depoimento seria o ex-governador André Puccinelli, nesta manhã, quando também seriam ouvidos o empresário Carlos Naegele, e os ex-vereadores Mário César da Fonseca e Flávio Cesar Mendes de Oliveira. Flávio hoje é secretário estadual adjunto de Governo.

No dia 17 seria a vez dos empresários Raimundo Nonato de Carvallho, Luiz Pedro Gomes, do ex-procurador municipal André Scaff, do vereador Gilmar da Cruz e do ex-vereador José Airton Saraiva. Em seguida, no dia 18, os empresários João Alberto Krampe Amorim dos Santos e João Baird, o vereador Carlos Augusto Borges e o ex-vereador Waldecy Batista Nunes.

O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, falaria no dia 19, assim como o vereador Eduardo Romero, Otávio Trad e o presidente da Câmara, João Rocha. Dia 20 estavam programados os depoimentos dos ex-vereadores, Paulo Siufi, Edil Alburquerque e Jamal Salem.

A operação foi deflagrada em 2015 após suposto esquema de propinas e compra de voto na Câmara para cassar o mandato do então  prefeito Alcides Bernal. O caso foi rumoroso e em entrevista ao JD1 Notícias, na época, o promotor de Justiça Marcos Alex, que conduziu o caso, reconheceu que não chegaram ao “homem da mala”. Apesar disso o caso prosseguiu na Justiça, já com menos força e visibilidade.