“Quadrilha do banco” tinha empresário e ex-candidato a vereador
Criminosos tentaram furtar o cofre do Banco do Brasil por meio de um túnel
23 DEZ 2019 • POR Joilson Francelino • 14h02Os integrantes da quadrilha que tentou furtar o cofre do Banco do Brasil foram apresentados nesta segunda-feira (23). Entre eles, um empresário e um ex-candidato a vereador de Campo Sales, no Ceará.
Robson Alves do Nascimento, 50 anos, é natural de Floresta Azul, Bahia, mas tem residência fixa em Cuiabá, onde tem sua empresa de construção civil, a JR Construtora. Na quadrilha ele, que está de camisa cinza claro na foto abaixo, tinha a função estratégica de organizar a forma como iriam entrar no banco.
Robson é casado com Eliane Goulart Decursio, 36 anos. Ela negou envolvimento com a quadrilha e foi defendida pelo esposo que reforçou que Elaine “não sabia de nada”. Ela está em Campo Grande há uma semana e contou que não desconfiava da ação. Apesar da negativa dela, as investigações apontam que Elaine atuava como contadora do grupo criminoso.
Gilson Aires da Costa, 43 anos, que está com camisa preta como mostra a imagem acima, morava em Campos Sales, no Ceará, onde se candidatou a vereador em 2016, pelo Democratas. Conforme as buscas feitas pelo JD1, Gilson não obteve nenhum voto. Ele trabalhava na escavação do túnel. Os que também trabalhava na escavação eram Wellington Luiz dos Santos Junior, 28 anos, que veio de Ípero, São Paulo, Lourinaldo Francisco Belizario de Santana, 51 anos, que inclusive já tentou fuga por túnel de um presídio onde estava preso em São Paulo e Francisco Marcelo Ribeiro, 41 anos, que morava em Santana do Aracaú, Ceará.
Bruno Oliveira de Souza, 30 anos, era o motorista da quadrilha. Ele ficou ferido no confronto da última sexta-feira (20) e está internado, sem risco de morrer, segundo a polícia. No confronto morreram José Williams Nunes Pereira da Silva, 48 anos, contratado para enfrentar a polícia em caso de descoberta do crime e Renato Nascimento de Santana, 42 anos, um dos líderes da organização. José morava no Maranhão e Renato no Sergipe.
O grupo estava em Campo Grande há seis meses. Segundo o delegado João Paulo Sartori, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), os criminosos mudaram de casa seis vezes para não levantar suspeitas. Os bandidos estão detidos na sede do Garras.