PF investiga organização que negociava ouro ilegalmente
Policiais cumpriram mais de 80 mandatos judiciais
6 DEZ 2019 • POR Jônathas Padilha, com informações da Agência Brasil • 14h06A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (6) a Operação Hespérides, que combate uma organização criminosa responsável pelo comércio ilegal de 1,2 toneladas de ouro.
De acordo com a PF, o total adquirido pelo grupo é de aproximadamente R$230 milhões, na cotação atual.
A operação que iniciou hoje colocou mais de 150 policiais na rua, com 85 mandatos judiciais contra os investigados, entre eles, 17 mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 48 buscas e apreensões e 15 sequestros e bloqueios de bens.
Os mandatos foram executados para os endereços de atuação dos criminosos nos estados do Amazonas, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e São Paulo.
As ordens judiciais, que foram expedidas pela 4ª Vara Federal de Roraima, também fizeram o bloqueio de até R$ 102 milhões dos investigados.
A PF explicou como funcionava o esquema. “Os indícios constantes inquérito policial apontam que o grupo criminoso seria composto por venezuelanos e brasileiros que, residindo em Roraima, comprariam ilegalmente ouro extraído de garimpos da Venezuela e de garimpos clandestinos do estado”, afirmou.
Segundo os agentes, as investigações começaram em setembro de 2017, depois de uma apreensão de 130g de ouro no Aeroporto de Boa Vista, que iriam para uma empresa em São Paulo. Acompanhando o metal, vinha uma nota fiscal de compra de “sucata de ouro”, verificado pela PF que se tratava de um documento falso.