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“Não era necessário uso de spray”, diz secretário ao afastar guardas

Ao todo, foram afastados três guardas que estavam no protesto no terminal Morenão

18 NOV 2019 • POR Joilson Francelino • 12h08
O comandante da Guarda Civil Metropolitana, Anderson Gonzaga, o secretário Valério Azambuja e o comandante do GPI, Jair Viana - Sarah Chaves

O secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, repudiou a ação dos guardas municipais que usaram spray de pimenta durante a manifestação contra o atraso de ônibus no Terminal Morenão ocorrida na última sexta-feira (15).

Em coletiva nesta segunda-feira (18), Valério ressaltou que “não era necessário o uso de spray, nem armas longas”. “Houve algumas falhas de procedimento. Primeiro, já foi amplamente divulgado a falta de diálogo. Segundo, a questão do uso do spray de pimenta, em determinados ambientes não é apropriado, aquele ambiente principalmente se tratando de muitas mulheres e crianças, ele foi indevido sim. Estamos revendo alguns procedimentos”, disse.

O comandante da Guarda, Anderson Gonzaga, ressaltou que a ocorrência poderia evoluir para uma situação pior. “Eles [agentes] acharam melhor ter tomado essa medida para que a ocorrência ela não evoluísse, assim, mantendo tanto a segurança das pessoas que estavam ali querendo ir ao seu destino, como da própria guarnição”, relatou.

Três agentes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) ficarão afastados por 60 dias, a partir desta segunda. Um procedimento administrativo será aberto para investigar a conduta dos servidores que também passarão por um novo treinamento.

Relembre

Aproximadamente 50 pessoas protestaram na última sexta-feira, contra o atraso no ônibus da linha 72, que faz o itinerário Morenão/Nova Bahia. De acordo com a prefeitura, o motivo do atraso se deu por um defeito no ônibus que atendia a linha e a demora na chegada de outro veículo.