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A polêmica do Fundersul: Fazendeiros protestam, prefeitos apoiam

Medida prevê alteração no sistema, aumentando alíquotas cobradas

13 NOV 2019 • POR Joilson Francelino e Sarah Chaves • 11h10
O “novo Fundersul” levou produtores e empresários em manifestação na Assembleia nesta manhã - Sarah Chaves

Produtores rurais, comerciantes e empresários estão nesta manhã na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), onde protestam contra o pacote fiscal apresentado pelo governador Reinaldo Azambuja no último dia 31 de outubro, para análise e votação dos parlamentares.

O diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Ronan Salgueiro, explanou sobre os impactos da nova medida a cadeia produtiva do estado. “Tudo o que governo fala a gente aceita, que está com dificuldade, mas não é aumentando a carga tributária e repassando esse custo para o produtor que vai resolver”, disse.

Representando os comerciantes, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), João Carlos Polidoro, disse que a medida pode afetar diretamente a economia regional. “A economia local já está cambaleante, estamos tentando nos recuperar quando você vem com aumento de imposto os preços vão ter reflexos”, ressaltou.

A principal preocupação da cadeia produtiva é em relação à alteração do sistema do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul). Com o “novo fundo”, a pretensão é aumentar alíquotas cobradas das produções de milho, soja e gado.

A nova medida do governador é defendida pelos prefeitos, já que, do total arrecadado pelo Fundersul, 25% são repassados aos municípios. O presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), Pedro Caravina, ressaltou a importância do imposto na manutenção e ampliação da infraestrutura viária no interior do estado, sem a qual a produção teria dificuldade em ser escoada. Para ele o Fundersul é importante dentro e fora da área urbana. “Todos nós recolhemos para o Fundersul, os produtores rurais e a população que abastecem seus veículos. Cada um participa com 50% da arrecadação total desse imposto. Portanto, nada mais justo do que o Estado promover essa divisão, através do ICMS”, acrescentou Caravina.

Reunião - Uma reunião com todos os deputados estaduais  deve acontecer daqui a pouco com representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).