Idosa foi atropelada por ônibus na Calógeras, e teve perna amputada
Maria segue internada há quase um mês do acidente
2 OUT 2019 • POR Vitória Ribeiro • 10h55No dia 04 de setembro, Maria da Assunção de Oliveira, 71, voltava para sua casa, após ter ido no centro com a sua neta e em "uma fração de segundos", como descreve a filha Katia Maria de Oliveira Freitas, 39, a vida da dona Maria e de toda a família mudou por completo, "ela era independente, ativa, lúcida, fazia musculação. E tudo se desfez em uma fração de segundos", lamentou.
A idosa estava voltando sozinha para casa quando tentou entrar no ônibus na avenida Calógeras em frente À Ordini. Segundo Katia, o motorista fechou a porta do veículo e Maria bateu na porta para que ele abrisse. Ele não abriu e seguiu caminho, com o movimento do ônibus, a idosa se desequilibrou e caiu. Sua perna esquerda foi dilacerada e ela sofreu muitos riscos de morrer pela intensa perda de sangue no local.
Passageiros tiveram que gritar para que o motorista parasse e então o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), foi acionado para socorrer dona Maria. Ela foi encaminhada à Santa Casa onde ficou 9 dias em coma e atualmente, se recupera de uma infecção que contraiu no local. Sem previsão de alta, a preocupação dos familiares é muito grande.
Apesar de ter cinco filhos, os cinco já se revezavam para cuidar do pai deles, que tem 81 anos e está doente. Maria de Assunção ainda não assimilou a perda da perna e está sob efeitos de remédios antidepressivos para se manter estável emocionalmente.
"Cada um tinha a sua família e mudou a vida de todos da nossa família. Todos somos adultos, temos filhos e trabalho. Quando alguém dorme no hospital, nossos filhos sentem a nossa falta. Agora nós precisamos de força e ajuda com fisioterapia, pois na Santa Casa só tem um profissional para a tender todos os pacientes. O médico disse que ela tem chances de colocar prótese mas para isso ela precisa ter equilíbrio e força na perna direita. A perna foi amputada acima do meio da coxa, perto do quadril", conforme Kátia, dizendo ainda que precisará começar o aprendizado da caminhada do zero.
O Consórcio Guaicurus não se prontificou, de acordo com Kátia, "eles apenas falaram que iam ver e dar retorno mas até agora não deram. Ligaram dizendo que não estávamos sozinhas e mandaram um advogado para conversar com a gente, mas nada foi feito.
A equipe do JD1 tentou entrar em contato com o Consórcio, porém, sem sucesso.
Para profissionais fisioterapeutas ou pessoas que tiverem a oportunidade de ajudar dona Maria e sua família de alguma forma, basta entrar em contato com a filha Kátia através do telefone (67) 99252-2863.