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Cães farejadores do MS farão buscas pelos 21 desaparecidos em Brumadinho

Após oito meses da tragédia de Mariana, pessoas seguem desaparecidas

26 SET 2019 • POR Sarah Chaves, com informações da assessoria • 16h58
Cindy à esquerda e Duke à direita, ambos possuem certificado à nivel nacional de buscas por restos mortais - Reprodução/Assessoria

Dois cães farejadores do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul viajaram nesta quinta-feira (26) para Minas Gerais em missão de busca e resgate das vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, onde vinte e uma pessoas seguem desaparecidas há oito meses.

Duke e Cindy trabalham em conjunto com seus treinadores, major Fábio Pereira de Lima e sargento Luciclei da Silva Lima, respectivamente. Na missão de Brumadinho, as duas equipes contarão o auxílio do cabo Wilson Rogério de Souza Monteiro. O time embarcou no Aeroporto Internacional de Campo Grande às 10h50 com previsão de chegar à cidade ainda na noite desta quinta.

Ambos os cães têm sete anos de idade. Duke é da raça pastor belga e Cindy é da linhagem labrador retriever. Por ser de grande porte, o cachorro macho viaja no setor de cargas do avião. Já a fêmea segue o percurso ao lado do treinador, no banco da aeronave. Esta é a primeira missão deles fora do Estado, mas os dois possuem experiência em buscas no MS, com certificados a nível nacional de buscas por restos mortais.

De acordo com o major Fábio, os cães passarão por exames clínicos no médico veterinário antes do início da operação, marcada para a manhã de sexta-feira (27). “Sabemos que a dificuldade é grande e vamos trabalhar ao máximo para localizar os corpos ou os segmentos dos corpos para que possam fazer a identificação”, afirmou o bombeiro militar.

Dividida em duas etapas com intervalo de 15 dias, a operação de busca e resgate dos Bombeiros de MS vai durar 30 dias. A primeira fase inicia hoje segue até 10 de outubro. A segunda está programada para começar em 26 de outubro e terminar em 9 de novembro.

Conforme os militares, o olfato dos cachorros é até 44 vezes mais aguçado do que o mesmo sentido do ser-humano. Por isso, os animais são utilizados em operações com vítimas soterradas e perdidas na mata.