CCZ alerta para aumento de acidentes com escorpiões na capital
O número de 227 é quase o dobro do mesmo período do ano passado com 119 registros
15 AGO 2019 • POR Priscilla Porangaba, com informações da assessoria • 08h15O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) levantou um alerta para o aumento no número de acidentes com escorpiões em Campo Grande. Quase 500 pessoas procuraram atendimento nas unidades de saúde depois de terem sido picadas por esses animais.
O número é quase o dobro do mesmo período do ano passado, entre abril e julho deste ano.
Entre abril e julho, foram 227 pessoas picadas por escorpiões, mas esse número pode ser ainda maior já que, segundo a coordenadora, há unidades de saúde que mandam seus registros até um mês depois do atendimento. No mesmo período do ano passado, foram 119 casos registrados.
A maior preocupação é o número de atendimentos feitos nos últimos quatro meses, quando os acidentes são mínimos por causa das baixas temperaturas e tempo seco, o que faz com que os escorpiões não saiam de seus esconderijos.
De acordo com a coordenadora do setor de controle de roedores, animais peçonhentos e sinantrópicos do CCZ, Juliana Resende, pode acontecer ainda uma baixa notificação nesses acidentes, já que os números são baseados apenas nos dados oferecidos pelas unidades de saúde.
Juliana explica que nos meses em que as temperaturas costumam ficarem mais baixas na capital, é comum que os animais permaneçam escondidos em seus esconderijos.
Com a volta do período de chuvas, a preocupação aumenta, que é quando os escorpiões saem dos locais onde se escondem por estarem inundados ou para se alimentarem, o número de acidentes cresça ainda mais. “Se nessa época já está tendo essa quantidade grande de acidentes escorpiônicos, na época de desenvolvimento deles nós vamos ter um número de registros ainda maior”, alerta.
Cuidados a serem tomados se for picado
Em caso de acidente, o protocolo a ser tomado é ir até uma unidade de saúde, onde tomará medicação e ficará em observação, para controlar imediatamente uma possível reação alérgica ao veneno do animal.
As crianças e os idosos são quem mais precisam de atenção quando picados por escorpiões. Juliana também orienta à família do paciente tentar colocar o escorpião em um recipiente com álcool, evitando o contato e um novo acidente, e levá-lo ao CCZ.
Assim, a unidade identificará a espécie do animal e definirá quais medidas devem ser tomadas para a extinção do artrópode na residência.
Os escorpiões costumam se esconder em locais escuros e úmidos. Por isso, a indicação da coordenadora é manter sempre o quintal limpo, sem folhas acumuladas, restos de materiais de construções que estão guardados sem utilidade, garrafas e outros inservíveis, itens que permanecem reservados, mas que não têm mais uso, são abrigos perfeitos para esses animais.
As latas de lixos e caixas de gordura mal fechadas também contribuem para a moradia do animal, já que nesses locais existem restos de comidas que atraem insetos que são alimentos aos escorpiões.