Prefeitura de Dourados não tem previsão para pagamento de salário
Secretário de fazenda do município Paulo César Nogueira Junior disse que a crise financeira foi herdada de décadas
10 AGO 2019 • POR Priscilla Porangaba, com informações do Dourados News • 10h15O servidores municipais de Dourados não têm previsão de receber a segunda parte do salário que a prefeitura parcelou este mês.
A informação foi repassada para representantes sindicais, em reunião realizada nessa sexta-feira (9) com secretários do Executivo.
A prefeitura parcelou a folha salarial neste mês e os servidores só receberam 44% do total dos vencimentos quitados a cada servidor, até o momento. Os funcionários protestaram na prefeitura na manhã de ontem, de acordo com o Dourados News.
Após a repercussão do caso, os representantes sindicais conseguiram uma reunião com a administração municipal. Porém, as notícias não foram boas para o funcionalismo público.
Segundo a presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde Comunitários e Endemias de Dourados (Sindrasce), Silvia Salgueiro, a reunião não apresentou nada de concreto aos servidores. “Fomos informados que não há previsão do pagamento dos outros 56% de salário dos servidores e que entrando receita, a prioridade é quitar, mas não se sabe quando”, disse.
Silvia informou que a alegação para tal situação, por parte dos representantes da prefeitura, é de que a arrecadação é insuficiente, pois o Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração (PCCR) tem impactado no valor total da folha.
O secretário de Fazenda do município, Paulo César Nogueira Junior, disse que a administração municipal pretende quitar o pagamento dos servidores ainda neste mês. “Não temos data definida. Buscamos quitar os outros 56% ainda em agosto”, disse.
Nogueira Junior alegou que o fatiamento dos salários foi motivado por uma crise financeira profunda na gestão, com apontamento ainda de que os esforços estão concentrados para soluções destes problemas.
Ele falou que o problema financeiro foi herdado de décadas. “Não vem de agora. Estamos com o olhar profundo que o momento exige, trabalhando em prol disso com corte de despesas, equilibrando a receita. Sabemos que nenhum funcionário deve ficar sem receber e estamos buscando resolver isso com propostas concretas”, pontuou.
O Sindicato convocou uma assembleia geral extraordinária para às 14h de segunda-feira (12). Os servidores vão debater a possibilidade de paralisação, greve ou outros atos.