Polícia

Especialistas em segurança analisam sequestros na capital

O JD1 entrevistou o ex-superintendente da PF Edgar Marcon e o ex delegado-geral da Polícia Civil Roberval Cardoso

2 AGO 2019 • POR Priscilla Porangaba • 11h55
Ex-superintendente da PF Edgar Marcon e ex delegado-geral da Polícia Civil Roberval Cardoso

O ex-superintendente da Polícia Federal (PF) Edgar Marcon contou ao JD1 Notícias durante entrevista que os recentes seqüestros e roubos de carros em Campo Grande podem ter relação direta de criminosos devedores de mensalidades ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Já o ex-delegado-geral de polícia civil e consultor de segurança, Roberval Cardoso não acredita em uma ligação única com pagamentos dívidas, mas não descarta a hipótese. “Eu acredito que dívidas não seja o fator motivador, eles roubam porque tem perfil de roubar, acredito que eles fariam roubos maiores, como malotes, bancos, mas roubam porque querem”, comenta.

Edgar explicou que acredita que os criminosos que estão “soltos”, precisam pagar uma espécie de cebola, mensalidade, aos lideres do PCC que estão presos. “Recentemente foi noticiada a morte de um integrante do PCC no tribunal do crime, o rapaz estava em dívidas com os superiores e foi morto a mando deles”.

Ele acrescenta que as mortes geram medo entre eles e os fazem precisar levantar dinheiro para quitar os débitos. “É ai que entra os roubos de carros, que são facilmente trocados por cocaína na Bolívia, então está tudo interligados, não dá para afirmar que seja apenas uma quadrilha, podem ser várias”, comenta o delegado.

Dicas de segurança

O ex-superintendente Edgar é especialista em segurança e alerta a população com dicas de como se proteger de possíveis seqüestros ou roubos. “As pessoas precisam observar onde deixou o carro estacionado, olhar ao redor, abrir a porta ou destravar o carro antes, entrar e já sair do local e não ficar parado mexendo em celular, procurando por bolsa”.

A maior orientação é sair do carro com agilidade, segundo orientado pelo delegado Roberval. “O campo-grandense não tem uma cultura de segurança. Se tiver esperando alguém desça do carro e aguarde em um comercio, e se estiver esperando alguém não fique com celular em mãos, trave o carro”, argumenta.