Política

"Governo não vai criar novos impostos", diz Bolsonaro

A afirmação foi dita nesta manhã de sexta-feira (19) em um café da manhã com jornalistas de agências internacionais no Palácio do Planalto

19 JUL 2019 • POR Priscilla Porangaba, com informações da Agência Brasil • 11h35
“Queremos simplificar os tributos federais e não criando nenhum novo imposto", afirmou o presidente - Reprodução/Internet

O presidente Jair Bolsonaro disse que o governo não vai criar novos impostos e destacou que Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não será recriada.

A afirmação foi dita nesta manhã de sexta-feira (19) em um café da manhã com jornalistas de agências internacionais no Palácio do Planalto.

O presidente comentou o porquê da declaração. “Não criaremos nenhum novo imposto. A reforma [tributária] que está tramitando lá é do Parlamento, não é nossa. Conforme explanado na última reunião de ministros, nós queremos fazer uma reforma tributária e mexer com os impostos federais apenas. Ao longo dos meus 28 anos como deputado, quiseram fazer uma reforma que envolvesse União, estados e municípios. Não dá certo”, afirmou.

Segundo Bolsonaro, a equipe econômica do ministro Paulo Guedes está convencida de analisar apenas os tributos federais. “Queremos simplificar os tributos federais e não criando nenhum novo imposto. Você pode fundir vários impostos e eu acho que é isso que vai acontecer. CPMF de volta, não”.

Duas propostas de reforma tributária tramitam no Congresso.

Na Câmara dos Deputados, a comissão especial para discutir a reforma apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) foi instalada na semana passada. Paralelamente, o Senado apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) com base em um texto que tramita na Casa desde 2004.

Preparada pelo economista Bernard Appy, a proposta da Câmara unifica tributos sobre a produção e o consumo arrecadados por União, estados e municípios e cria outro imposto sobre bens e serviços específicos, cujas receitas ficarão apenas com o governo federal.

A proposta do Senado cria um imposto sobre o valor agregado de competência estadual, chamado de Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), e o Imposto Seletivo, sobre bens e serviços específicos, de competência federal.