Cidade

Prefeitura quer iniciar obras de estações de pré-embarque ainda este ano

Licitação para o serviço foi divulgada ontem (16) no Diário Oficial de Campo Grande

17 JUL 2019 • POR Rauster Campitelli • 15h54
“Sem dúvida queremos que seja o mais rápido possível, mas os trâmites e prazos têm que ser respeitados”, diz Fiorese - Chico Ribeiro

A prefeitura pretende iniciar as obras das estações de pré-embarque do transporte coletivo nos corredores de ônibus sudoeste (Guia Lopes/Brilhante/Bandeirantes) e norte (Rua Bahia) até o final deste ano. As informações são do secretário municipal de obras, Rudi Fiorese. A implantação das 17 estações nos corredores, que têm quase oito quilômetros de extensão, terá investimento de R$ 1 milhão. A abertura da licitação para o serviço foi divulgada ontem (16) no Diário Oficial de Campo Grande.

Após a publicação, o prazo para as empresas interessadas apresentarem suas propostas é de pelo menos 30 dias. “É difícil dar um prazo [para o início das obras]. Tem levado em torno de quatro meses. Sem dúvida queremos que seja o mais rápido possível, mas os trâmites e prazos legais que têm que ser respeitados. Vamos torcer para que corra rápido e aconteça esse ano ainda”, diz Fiorese.

O presidente da Assetur, João Rezende, afirmou em entrevista para o JD1 Notícias que a infraestrutura do transporte coletivo é o maior problema enfrentado atualmente pelo segmento na capital. “O que precisa é infraestrutura para o ônibus circular mais rapidamente e cumprir os seus horários. Poderíamos até reduzir a frota e economizar, mas para isso temos que ter velocidade para compensar. Hoje estamos usando mais ônibus para transportar menos pessoas e gastando mais tempo, então não fecha a conta”, disse.

Segundo ele, o cidadão não está deixando de usar o ônibus porque ele não é novo, porém, muitas vezes, devido à lentidão. “A cidade está abarrotada de automóveis, motocicletas, bicicletas e patinetes porque o cidadão hoje em dia compra tempo, tudo gira em torno de tempo, e o deslocamento de ônibus está cada vez mais lento. O cidadão passa do ônibus para o automóvel porque o serviço do ônibus é muito ruim”, esclareceu.

“Para o cidadão perceber mudança na qualidade de maneira expressiva, está faltando infraestrutura para o transporte”, acrescentou o presidente da Assetur, frisando que a queda do número de usuários é crescente.

“As despesas [do consórcio] não acompanharam essa redução, tendo praticamente a mesma despesa para faturar muito menos. O poder público tem se esforçado bastante, mas a prefeitura, neste contrato, não cumpriu com a sua parte. Ela não fez ainda nenhum quilômetro de corredor. Se tivesse feito, com certeza a qualidade seria outra”, avaliou.