Política

Para Fábio Trad, policiais devem ser incluídos na reforma da Previdência

O Deputado Federal deixou claro seu pensamento em audiência no plenário

3 JUL 2019 • POR Sarah Chaves • 16h32
Deputado esclarece sua posição favorável à inclusão dos policiais na reforma - assessoria

O deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) discursou em audiência na última terça-feira (2), no plenário da Câmara, onde se mostrou favorável em incluir os policiais no regime especial  reservado para as Forças Armadas no projeto da reforma da previdência.

 O parlamentar defendeu também a inclusão da guarda civil municipal no artigo 144 da Constituição Federal, que incluí as forças de Segurança Pública do país.

 “Antecipo publicamente meu voto favorável à aposentadoria especial aos policiais, inclusive os federais, militares, rodoviários federais, bombeiros, e também guardas municipais, uma vez que eles estão numa situação desigual”, disse em sua manifestação.

 Segundo Trad, é preciso ter consciência de que os policiais carregam em seus ombros. “A população, receosa por essa segurança pública cada vez mais repressora, quer segurança e deposita nos ombros dos policiais a perspectiva de uma vida pacífica. Só que os policiais não tem sequer as condições estruturais necessárias para exercer com proficiência seu trabalho, e sem uma polícia aparelhada não há segurança pública no Brasil”.

 Como exemplo da difícil situação em que os policiais se encontram no país, o deputado lamentou o caso do tenente-coronel da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Oéliton Santana de Figueiredo, 44 anos, que foi encontrado morto com um tiro na cabeça na manhã desta segunda-feira (1) em sua residência. A suspeita é que ele tenha cometido suicídio.

 Sendo ele da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar, era filho do sargento da Polícia Militar reformado, Ilson Martins Figueiredo, executado a tiros de fuzil AK 47 no dia 11 de junho do ano passado, também em Campo Grande.

“A capital de Mato Grosso do Sul assistiu a mais um ato de suicídio, mais um policial militar, desta vez do tenente-coronel Figueiredo. Até quando”?

 Em recente pesquisa conduzida pelo GEPeSP (Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção( GEPeSP)  da Uerj, sob a coordenação da cientista política Dayse Miranda, 10% dos policiais militares disseram ter tentado suicídio e 22% afirmaram ter pensado em suicidar-se em algum momento.