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Investimentos aumentaram a capacidade operacional do Corpo de Bombeiros

Desafio é manter a qualidade e expandir o serviço para o interior, diz coronel Joilson

3 JUL 2019 • POR Rauster Campitelli • 15h52
"Tvemos uma renovação da frota de viaturas que atendem as ocorrências, isso para nós foi fundamental", afirma comandante - Corpo de Bombeiros/Divulgação

Na semana em que se comemora o Dia Nacional do Bombeiro (2 de julho) e a corporação realiza várias atividades em Mato Grosso do Sul – em alusão a Semana de Prevenção Contra Incêndios -, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), coronel Joilson Alves do Amaral, concedeu entrevista ao JD1 Notícias e falou sobre as conquistas da corporação nos últimos anos e os desafios a serem superados.

De acordo com o coronel, que está à frente da corporação há um ano e meio, a renovação da frota de viaturas foi uma das principais e mais importantes aquisições dos últimos anos. “Basicamente, nós tivemos uma renovação da frota de viaturas que atendem as ocorrências, isso para nós foi fundamental. Nós tínhamos uma frota muito antiga, com caminhões de combate a incêndio de 1973. Caminhões antigos que estavam em funcionamento, mas que pela idade já deveriam ter sido trocados”, conta Joilson.

A partir de 2015, foram adquiridos pelo Governo do Estado 19 caminhões de combate a incêndio, renovando esta frota. “Também renovamos praticamente toda a frota de atendimento pré-hospitalar (ambulâncias). Entre 2017 e 2018 foi finalizada essa renovação”, comenta o comandante do Corpo de Bombeiros, frisando que tal investimento faz parte de um planejamento de longo prazo.

O coronel participou da planificação e execução dos projetos quando era subcomandante. “A ferramenta de trabalho do bombeiro é a viatura. Ela leva alguns equipamentos. Aliás, também tivemos a aquisição de vários equipamentos para a tropa nos últimos anos”. Entre eles, Joilson cita o alicate chamado de desencarcerador.

“Ele é usado para cortar ferragens. Fazemos a retirada da vítima - quando ela está presa nas ferragens - através desses alicates”. Segundo ele, a compra desses instrumentos possibilitou melhoria na eficiência da corporação no atendimento das ocorrências. “Acidentes de trânsito representam mais da metade das ocorrências. Então esse investimento fez com que a capacidade operacional dos bombeiros aumentasse muito”.

Questionado sobre o diálogo com o Governo do Estado, o comandante do Corpo de Bombeiros afirma que “é muito bom”. Tanto que a corporação solicitou e o governo investiu em Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Antigamente não era individual, mas coletivo. A mesma capa de combate a incêndio, capacete, eram por guarnição, que passavam de uma para a outra o kit”.

Atualmente, cada bombeiro que trabalha no setor operacional tem o seu próprio kit. “Ele pode levar para casa, fazer a assepsia. Isso também foi um avanço muito grande, muito importante da corporação. É um investimento no militar, e isso aumenta a qualidade do serviço prestado à comunidade. Possibilita melhorar, e muito, a nossa resposta as demandas oriundas da população”, destaca.

Corporação tem planos de inaugurar novas unidades no interior do estado

“O grande desafio hoje é manter a qualidade no atendimento. Estávamos em uma situação de dificuldade quanto a recursos e materiais, e conseguimos chegar a outro patamar. Temos uma necessidade, um objetivo de expandir o serviço dos bombeiros para o interior do estado. Temos 24 municípios no interior que têm o atendimento da corporação. Então temos espaço para atender outros”, cita Joilson.

“Fizemos um planejamento estratégico para que, pelo menos nos municípios que têm acima de 20 mil habitantes - e que não tenha unidade dos bombeiros -, a gente consiga inaugurar uma unidade. Temos uma possibilidade em Rio Brilhante, por exemplo, que tem mais de 40 mil habitantes”, comenta o oficial.

Segundo ele, uma unidade dos bombeiros está em fase de construção na cidade. Em Bonito, município importante para o Estado devido à visibilidade, tanto nacional quanto internacional, também há um projeto em andamento. A ordem de serviço para a execução do quartel foi assinada na manhã desta quarta-feira (3) pelo governador Reinaldo Azambuja. Conforme o coronel, cada obra leva cerca de um ano para ser concluída.

“Estamos com um concurso em andamento para recompletar o efetivo. Essa também é uma situação que a gente busca melhorar constantemente. Nós precisamos de um incremento de efetivo, porque as pessoas vão para a reserva e deve haver uma reposição. Aguardamos a finalização desse concurso para começarmos o curso de formação dos soldados, que leva cerca de nove meses”, conclui.