Reviva identificará patrimônios históricos da 14 de Julho com tecnologia QRcode
Com o código, a população vai ter em mãos a história das antigas edificações
1 JUL 2019 • POR Sarah Chaves • 13h31Programa do governo de revitalização das ruas da capital, Reviva, passará a usar tecnologia Qrcode para identificar história dos prédios patrimoniais do centro que estão sendo requalificadas, ao longo dos 1.400 metros da rua 14 de julho, que vai da Av. Fernando Correa da costa até a Av. Mato Grosso.
A rua possui 42 edificações que contam um pouco da história de Campo Grande. O Reviva Campo Grande vai resgatar esse importante patrimônio histórico e cultural, transformando o espaço em um “museu a céu aberto”, usando a tecnologia de QRCode, os imóveis serão identificados por placas com informações sobre a história de cada um. O código vai remeter os dados ao site do Programa Reviva Campo Grande, inclusive com fotos.
Resgate histórico
O levantamento das informações está sendo feito pelo arquiteto Fernando Batiston, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur). “Nosso trabalho busca resgatar a memória dos pioneiros da Rua 14 de Julho, imigrantes, comerciantes, moradores e empreendedores”, disse Batiston.
Imóveis como o localizado na esquina das ruas 14 de Julho e 15 de Novembro são exemplos de uma arquitetura Art Decó (termo de origem francesa, é um estilo artístico de caráter decorativo que surgiu na Europa na década de 1920), construído na década de 1930 e onde ainda é possível perceber características marcantes como o uso de linhas retas próximo ao telhado e de frisos.
A antiga Gráfica Gutemberg, por exemplo, deu lugar a uma loja de utilidades. A edificação enquadra-se no estilo eclético (versátil) pela rica ornamentação na platibanda (faixa horizontal que emoldura a parte superior de um imóvel e que tem a função de esconder o telhado, para proteger e ornamentar a fachada), remetendo ao Classicismo com a imitação até de pequenas colunas. O imóvel já foi demolido e refeito, mas guarda elementos versáteis
Entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Barão do Rio Branco, a relojoaria Nakasse ainda preserva os ricos detalhes em suas janelas, que remetem ao estilo Ecletismo. O edifício foi o primeiro a usar laje em concreto armado em Campo Grande e ainda permanece com elementos de fachada originais.
“Sei da relevância desse lugar. É importante para revivermos a história de Campo Grande, temos que dar valor à origem de nossa cidade. É um prédio diferenciado, com uma arquitetura bacana. Com a identificação com o QRCode vai ficar muito bom para o turismo também”, comentou o empresário Roberto Nakasse.
A comerciante Evânia Figueiredo percebe a história e importância dos prédios para a identidade da capital. “Sou campo-grandense, nasci aqui e tenho orgulho da nossa cidade. Acho muito bom fazer essa identificação, isso tem muito valor”, declarou.