Alemanha tem a aprender com o Brasil na área ambiental, diz Bolsonaro
O presidente está no Japão para reunião com a Cúpula do G20
27 JUN 2019 • POR Joilson Francelino, com informações da Agência Brasil • 10h51Ao desembarcar em Osaka, no Japão, na manhã desta quinta-feira (27) para a reunião de Cúpula do G20, o presidente Jair Bolsonaro disse que a Alemanha tem muito a aprender com o Brasil na área de meio ambiente. Bolsonaro fez o comentário rebatendo declaração da chanceler alemã, Angela Merkel, que disse querer conversar com ele sobre o desmatamento no Brasil.
“Temos exemplo para dar à Alemanha, inclusive sobre meio ambiente. A indústria deles continua sendo fóssil, em grande parte de carvão, e a nossa não. Eles têm a aprender muito conosco”, afirmou em resposta a pergunta de jornalistas sobre a declaração de Merkel.
Bolsonaro disse ainda que o Brasil não participa do G20 para ser advertido por outros países. “O presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores que vieram para ser advertidos por outros países. Não. A situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento como no passado, em alguns casos com chefes de Estado que estiveram aqui”, acrescentou.
Ao ser questionado se Angela Merkel teria advertido o Brasil, o presidente respondeu que viu o que foi escrito pela imprensa, e que então é “preciso fazer a devida filtragem para não se deixar contaminar por parte da mídia escrita, em especial”.
De amanhã (28) até sábado, Bolsonaro participa da reunião do G20, de reunião informal dos líderes do Brics - grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - e de uma séria de encontros bilaterais e audiências.
Bolsonaro terá encontro com os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, Emmanuel Macron, da França, e Xi Jinping, da China, com os primeiros-ministros Narendra Modi, da Índia, e Lee Hsien-Loong, de Singapura.
Estão marcadas audiências com o presidente do Banco Mundial, David Malpass, e com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), José Angel Gurría Treviño.