Cidade

Trabalhadores em greve realizam manifestação no centro da capital

A classe trabalhadora manifesta principalmente contra a reforma da Previdência e cortes de verba na educação

14 JUN 2019 • POR Mauro Silva e Rayane Santa Cruz • 11h19
A estimativa, ainda não oficial, contabiliza em torno de 700 pessoas na Praça do Rádio que participam da mobilização - Rayane Santa Cruz

Para protestar principalmente contra a reforma da Previdência e cortes de verbas na educação, ao menos 700 trabalhadores de várias categorias participaram de um manifesto realizado por entidades sindicais na Praça do Rádio Clube na manhã desta sexta-feira (14) no centro de Campo Grande. Além do Mato Grosso do Sul, o manifesto acontece em todo o país.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) Jaime Teixeira disse que é importante que todos os trabalhadores participem das mobilizações, pois, a reforma da Previdência interfere em todas as áreas.

“No Brasil inteiro está programado esta mobilização, aqui no Mato Grosso do Sul o movimento está indo muito bem, o transporte coletivo também aderiu à paralisação, além de todas as categorias de trabalhadores”, conformou.

“A reforma da Previdência envolve a todos e unifica a luta, é fundamenta que a sociedade diga não ao projeto que tramita em Brasília. Temos que dizer não também aos cortes na educação que chega a R$ 6 bilhões”, acrescentou.

Ele disse ainda que o desemprego no país é algo que precisa ser resolvido, pois, ninguém aguenta mais um número de 14 milhões de desempregados.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Campo Grande (SINTRACOMCG) José Abelha, não concorda com que um trabalhador que faz parte de sua categoria se aposente com 65 anos. Para ele, a área requer muito esforço físico e com essa idade a pessoa não consegue mais desempenhar o seu trabalho. Abelha disse que 70% dos operários participam dos protestos.

“A reforma da Previdência afeta muito os trabalhadores da classe devido ao esforço físico a que são submetidos. Com essa mudança o tempo de aposentadoria vai aumentar mais e isso é prejudicial aos trabalhadores da construção. Um trabalhador que atua em um escritório pode sim conseguir se aposentar com 65 anos, mas os da construção civil não”, protestou.

A organização dos protestos ainda não informou o número de manifestantes, os organizadores estão aguardando que mais pessoas cheguem à Praça do Rádio ainda pela manhã. A estimativa feita pelo o JD1 Notícias, é de que haja, neste momento, em torno de 700 pessoas.