Obesidade, um problema crescente
A endocrinologista e metabologista cooperada, Samira Santos, fala sobre o assunto
9 JUN 2019 • POR Joilson Francelino, com informações da assessoria • 08h47Conforme dados do Ministério da Saúde, Campo Grande registra cerca de 83% de sua população acima do peso ou obesa, e esse alto índice coloca a capital em segundo lugar no ranking nacional, perdendo apenas para Rio Branco, no Acre.
A especialista em metabologia e endocrinologia da Unimed Campo Grande, a médica Samira Santos, explica os fatores que ocasionam a obesidade e também os malefícios que este estado pode trazer para a saúde.
“A obesidade é a porta de entrada para várias doenças, como hipertensão, diabetes, problemas do colesterol, apneia do sono e gordura no fígado - famosa esteatose hepática”, explica a médica.
Ela ainda completa que a doença crônica é multifatorial e depende tanto do componente genético quanto do comportamental, que são os hábitos de vida que o paciente leva, sejam relacionados ao tipo de alimentação, ao sedentarismo e a parte genética.
Além dessas causas, fatores emocionais e psicológicos podem agravar o grau de obesidade. “Por exemplo, alguns transtornos compulsivos e de ansiedade podem fazer o paciente vir a comer, por conta do apetite hedônico ou fome emocional, que nada mais é do que situações de angústia, estresse, cansaço e frustrações que geram no paciente um desejo de comer para se acalmar ou para buscar a recompensa emocional que aquele alimento pode gerar”, exemplifica a endocrinologista.
O tratamento da obesidade começa com a adoção de hábitos saudáveis e mudanças no estilo de vida, como a prática de atividades físicas regulares, diminuição do sal, açúcar, frituras e ingestão de produtos industrializados ou ultraprocessados. Além de contribuir com a perda de peso, essas medidas ajudam na saúde do indivíduo, pois será possível evitar a intervenção por medidas farmacológicas.
“Para o tratamento são necessárias várias vertentes de profissionais na área de saúde, como um endocrinologista, nutricionista, terapia cognitiva comportamental e um educador físico que indique o tipo de exercício ideal para o indivíduo”, conclui Samira.