Acusado de estupro, técnico de enfermagem pode ter registro cassado
Ele teria obrigado uma adolescente a praticar sexo oral nele, em uma sala de atendimento da unidade de saúde que trabalhava
28 MAI 2019 • POR Rayani Santa Cruz • 10h50Na segunda-feira (27), o técnico de enfermagem Luis Fernando do Nascimento, 28 anos, foi preso, acusado pelo estupro de uma adolescente de 14 anos, que estava em atendimento em uma das unidades de saúde que trabalhava e também por abuso sexual de outras cinco mulheres. O técnico teria obrigado a menor a praticar sexo oral nele, após trancar a sala de atendimento.
As denúncias foram feitas nos últimos 30 dias e as vítimas teriam sido atendidas por ele na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Almeida e na Unidade Básica do Trabalhador (UBS) do Lar do Trabalhador.
A delegada da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Anne Karine Sanches Trevizan, disse que existe seis denuncias, duas adolescentes, uma médica e uma auxiliar de serviços gerais estão entre as vítimas e o suspeito tem passagens por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e estupro contra a esposa.
Ele era contratado pela prefeitura e conforme o G1, testemunhas disseram que ele chamava as vítimas de princesa, ficava dando em cima, além de outras atitudes suspeitas, aproveitando a vulnerabilidade médica delas.
As menores de 14 e 15 anos, reconheceram o suspeito e reafirmaram sobre os abusos. Em interrogatório, ele pernaneceu em silêncio, segundo a delegada.
Em contato com o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS), foi afirmado que Luis não possuía reclamações ou denúncias relacionadas a ética no ambiente de trabalho.
Questionado sobre uma possível punição devido à suspeita pelo crime, o Coren disse que “toda infração ao Código de Ética dos profissionais de Enfermagem (Resolução Cofen n° 564/2017), tem previsão de penalidade, que pode ser: advertência verbal, multa de uma a dez anuidades, censura, suspensão do direito ao exercício profissional e até a cassação do registro profissional”.
O Conselho ainda afirmou que a situação do técnico ainda é incipiente para qualquer julgamento de valor. Ou seja, ainda está em processo inicial de investigação.
Ele continua preso no Instituto Penal e nega todas as acusações.