Política

Após críticas, Bolsonaro altera decreto de posse de armas

Com o recuo do governo, as ações da Taurus caíram nesta quarta-feira

22 MAI 2019 • POR Matheus Henrique, com informações do Conjur • 16h35
No início do mês, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto sobre as armas - Evaristo Sa

O presidente Jair Bolsonaro alterou, após diversas criticas e questionamentos no Judiciário, o decreto que ampliou a posse e o porte de armas. Entre as mudanças, está a proibição do porte de fuzil, espingarda ou carabina por cidadãos comuns, publicado no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (22).

O texto também explica que o cidadão terá acesso apenas a armas de porte, como pistolas, revólveres e garruchas, permanecendo proibido o porte de armas portáteis, como fuzis, carabinas e espingardas.

Outro ponto criticado foi sobre a prática de tiros por menores de 18 anos, desde que autorizados por um dos responsáveis. Agora, no novo texto, o tiro esportivo só poderá ser praticado a partir dos 14 anos, com a autorização de ambos os responsáveis.

O novo decreto também altera o órgão responsável por definir as regras para transporte de armas em voos. Agora, a responsabilidade volta a ser da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Segundo a Presidência, as retificações no decreto original corrigem erros meramente formais no texto original, como numeração duplicada de dispositivos e erros de pontuação, entre outros.

Para ler acessar o decreto e saber as mudanças, clique aqui.

Taurus

Com a notícia, na terça-feira (21), de que com o chamado “Decreto de Armas” do presidente Bolsonaro facilitaria o acesso à compra de fuzis a cidadãos comuns, as ações da Taurus, uma das principais representantes da indústria nacional de armas, subiu 7%. Mas, com o recuo do governo nesta quarta-feira (22), as ações caiuram 5%.

A alteração do governo muda o cenário para a Taurus, que havia informado ter uma lista de espera de 2 mil pedidos de pessoas interessadas em comprar fuzis.

Pouco antes das 11h30, as ações caíam 4,62% enquanto os papéis ON recuavam 3,26%.