Política

Prefeita de Miranda tem mandato cassado pelo TRE

Marlene Bosssay (MDB) foi processada por compra de votos nas eleições de 2016

23 ABR 2019 • POR Priscilla Porangaba, com informações do Correio do Estado • 08h33
Marlene e Ivan Bossay; filho também é investigado - Reprodução/Correio do Estado

A prefeita de Miranda, Marlene Bossay (MDB), teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS).

Após análise dos embargos de declaração, o tribunal deve definir a data da nova eleição.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Edson Moraes de Souza (PDT), assumirá a prefeitura do município até a escolha do novo prefeito.

Marlene foi processada por compra de votos na eleição de 2016. O filho dela, o vereador Ivan Bossay (MDB), também é investigado no caso.

O relator do processo no TRE-MS, Abrão Razuk, concordou com os argumentos do Ministério Público Eleitoral sobre as provas colhidas contra a prefeita.

A defesa não conseguiu desconstituir a denúncia tanto no juízo de primeira instância quanto no TRE, e por seis votos a zero, a cassação foi confirmada.

Marlene foi condenada em dois processos, um pelo Ministério Público e outro pela Coligação Unidos por Miranda, envolvendo os partidos PSL, PR, DEM, PRP, PSDB e PV.

No caso da coligação, o advogado Ary Raghiant explicou "são dois processos sobre o caso do filho de Marlene. O Alexandre ter sido preso entregando cestas básicas na aldeia. Pela gravidade dos fatos, dificilmente ela ficará no cargo, e deverá ter novas eleições em Miranda”, explicou.

Investigação

Durante a campanha de 2016 o outro filho da prefeita, Alexandre Bossay, foi flagrado e preso quando entregava cestas básicas na aldeia Lalima, em Miranda. Ele é acusado de comprar votos de jovens por meio de depósito bancario.

A compra foi comprovada por meio de conversas em aplicativo de mensagens no celular entre o filho da prefeita e o jovem que recebeu o dinheiro. Bossay enviou foto do comprovante do depósito feito ao rapaz e frisou o nome da mãe e do irmão para serem votados.

Nas investigações, foram encontrados tickets em postos de combustíveis, que teriam sido repassados a eleitores.