Geral

Irã condena Sakineh à forca

27 SET 2010 • POR • 17h20
TEERÃ - O procurador-geral do Irã, Gholam Hussein Mohseni Ejei, anunciou nesta segunda-feira, 27, que Sakineh Mohamadi Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e cumplicidade no assassinato de seu marido, foi condenada à morte por enforcamento por homicídio. Em declarações divulgadas nesta segunda-feira pela agência de notícias local "Mehr", Mohseni Ejei explicou que, "de acordo com a decisão do tribunal, Sakineh foi acusada de assassinato e condenada por este delito". Sakineh também havia sido condenada à morte por adultério - cuja pena é a morte por apedrejamento - mas a pena foi revista após a família do marido perdoá-la. Sakineh foi condenada em 2006 por manter relações ilícitas com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, também é considerado adultério. Em julho deste ano, seu advogado Mohammad Mostafaei tornou público o caso em um blog na internet, o que chamou a atenção da comunidade internacional. Perseguido pelas autoridades iranianas, ele fugiu para a Turquia, de onde buscou asilo político na Noruega. O governo brasileiro ofereceu refúgio a Sakineh, o que foi rejeitado por Teerã. A pena de morte foi mantida por um tribunal de apelações, que acrescentou ao caso a acusação de conspiração para a morte do marido. Fonte: Estadão