Brasil

Em recuperação judicial, Avianca faz últimos voos para os EUA

Rotas de Campo Grande à Brasília e para Cuiabá encerram neste domingo

31 MAR 2019 • POR Da redação com Uol • 14h45
Companhia passa por recuperação judicial - Divulgação

A Avianca Brasil realiza neste domingo seu último voo para os Estados Unidos. O encerramento das operações de longo alcance acontece em meio à crise financeira da empresa, que enfrenta um processo de recuperação judicial. A crise da Avianca foi deflagrada em dezembro do ano passado. Após atrasos no pagamento do leasing de aviões, a empresa entrou com o pedido de recuperação judicial para evitar a retomada de suas aeronaves e paralisar suas operações no país. 

Devolução de dinheiro ou acomodação em outro voo O encerramento dos voos para os Estados Unidos foi uma das primeiras medidas anunciadas pela Avianca em seu plano de recuperação judicial, em janeiro. Cerca de 40 mil passageiros já haviam comprado passagens para os Estados Unidos (a empresa voava para Miami e Nova York) para viajar após essa data. Segundo a empresa, todos os passageiros afetados com suspensão dos voos para os Estados Unidos poderiam optar pela remarcação do voo em alguma companhia aérea parceira da Avianca ou solicitar o reembolso integral do valor pago. 

Procurada na última sexta-feira (29), a Avianca não respondeu se todos os passageiros já foram atendidos. "Os passageiros com bilhetes comprados para as rotas que serão descontinuadas estão ou serão contatados pela empresa, que está cumprindo a Resolução 400 da Anac", afirmou. 

Mais cortes de voos foram anunciados 

Na última semana, a empresa anunciou um novo corte de rotas e voos. A partir de abril, vai deixar de operar 21 rotas, o que equivale a cerca de 40% dos 53 trajetos nos quais a companhia atua atualmente. Os voos diários da Avianca serão reduzidos dos atuais 220 para 165, uma queda de 25%. 

Apesar dessas medidas, as negociações com os credores têm enfrentado forte resistência, e a situação financeira da empresa não tem melhorado nos últimos meses. 

Os funcionários enfrentaram constantes atrasos nos pagamentos de salários (a situação já foi regularizada) e a ameaça de perda dos aviões continua.