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Brasil envia insumos e medicamentos a Moçambique

O país africano sofre com as consequências da passagem do ciclone Idai, que causou a morte de 468 pessoas no início do mês

29 MAR 2019 • POR Agência Brasil • 12h50
Ciclone matou 468 pessoas em Moçambique e deixou rastro de destruição - Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho via REUTERS/Direitos reservados

Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) partem hoje (29) do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Moçambique, levando medicamentos e insumos estratégicos.

Segundo o Ministério da Saúde, serão enviados seis kits, totalizando 870 quilos de carga, quantitativo suficiente para atender até 3 mil pessoas por um período de três meses.

O país africano sofre com as consequências da passagem do ciclone Idai, que causou a morte de 468 pessoas no início do mês.

Por meio de nota, o ministério informou que os materiais enviados a Moçambique foram definidos a partir de consulta realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

Cada kit é composto por antibióticos, anti-hipertensivos e antitérmicos, como penicilina, amoxicilina, paracetamol e soro para hidratação, além de materiais de primeiros socorros, como ataduras, gazes, luvas, máscaras, seringas e esparadrapos.

Cólera

Na última quarta-feira (27), autoridades de Moçambique divulgaram que o país vive um surto de cólera na região mais atingida pelo ciclone. Até o momento, mais de 130 casos foram anunciados. O receio agora é que a doença, transmitida pela ingestão de água e alimentos contaminados ou de pessoa para pessoa, se espalhe.

Moçambique contabiliza ainda 2.700 casos de diarreia na região, mas ainda sob investigação.

As autoridades trabalham também com a possibilidade de que outras doenças, como tifo e malária, se alastrarem após a passagem do ciclone, que registrou ventos de até 200 quilômetros por hora, provocando a devastação de vilarejos inteiros.