Brasil

Líder rural é assassinada a facadas em assentamento

O homicídio ocorreu na casa da vítima, no sudeste do Pará

23 MAR 2019 • POR Da redação • 14h15
Em 2011, a líder entregou um pedido de atenção as vítimas de barragens - Reprodução MAB

A líder rural Dilma Ferreira Silva, que atuava no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Pará, é uma das vítimas de um triplo homicídio ocorrido na sexta-feira (22), em uma casa no assentamento Salvador Allende, zona rural de Baião e a 60 km de Tucuruí, no sudeste do Pará. As vítimas foram amarradas, amordaçadas e esfaqueadas, segundo as investigações.

Conforme o G1, o corpo de Dilma foi encontrado em uma cama. O maranhense Claudionor Amaro Costa da Silva, 42 anos, esposo dela, e um conhecido do casal, Hilton Lopes, 38 anos, foram encontrados mortos na entrada da residência, onde funcionava um mercado. A casa estava toda revirada, quando policiais da seccional de Tucuruí chegaram ao local.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) informou que as investigações devem ser conduzidas pela Superintendência de Tucuruí, com auxílio ao Núcleo de Apoio à Investigação.

As motivações do crime ainda estão sendo investigadas. Testemunhas disseram que viram seis homens chegarem no local do crime antes dos assassinatos.

De acordo com o MAB, Dilma era coordenadora regional do movimento, em Tucuruí. Segundo o movimento, em 2011 ela participou de uma audiência com a então presidente Dilma Rousseff, quando entregou documento pedindo um política nacional de direitos para os atingidos por barragens e atenção especial às mulheres atingidas.

Em nota, o movimento disse que o assassinato é um "momento triste para a história dos atingidos (...) que no dia de ontem celebravam o Dia Internacional da Água" e pediu apuração rápida das autoridades, além de medidas de segurança para os atingidos por barragens.