Brasileira presa na Bolívia sofre constantes estupros e agressões de policiais
Mulher teria roubado e foi condenada a três anos de prisão, sem qualquer direito de defesa
9 MAR 2019 • POR Graziella Almeida com Correio da Manhã • 15h30Uma brasileira de 21 anos, foi condenada a três anos de prisão e segue presa sem direito de defesa, em Rurrenabaque, cidade no norte da Bolívia. A mulher cumpre pena a mais de um ano e teria roubado uma quantia de dinheiro dentro do país.
Informações do jornal boliviano Eju! TV, relatam que a mulher vem sendo torturada pelos guardas da prisão, com sessões de estupros constantes e agressões físicas e verbais.
O senador boliviano, Yerko Nunez, denunciou o caso para embaixada Brasil/Bolívia e pediu que o Ministério de Governo das duas nacionalidades intercedesse pela jovem. Nunez disse que a brasileira foi condenada por roubo, mas desde momento em que foi presa não teve direito de defesa, o que viola seus direitos previsto na lei boliviana.
Segundo ele, a mulher não possui documentos, não tem contato com a família e está sem defesa pública. Além de ter seus direitos violados, ela é foi induzida por todos os responsáveis do presídio a tomar pílulas abortivas e mesmo assim ainda é mantida “presa” para cumprir a pena.
Conforme testemunho da vítima, “eu engravidei uma vez, e eles me deram pílulas para abortar”, disse a brasileira ainda identificando sete mulheres uniformizadas que constantemente a atormentavam, chegando de apontar uma arma de fogo para a brasileira enquanto ela prestava depoimento.
Uma carta foi enviada para o embaixador brasileiro, Enrique Dias Octavio, descrevendo a situação da mulher e o depoimento da mesma gravado em vídeo, para que seja analisado pelo governo brasileiro.