Política

Projeto quer isentar IPI de equipamentos de proteção de motociclistas

A proposta também prevê isenção dos equipamentos usados pelos ciclistas

4 MAR 2019 • POR Mauro Silva com Agência Senado • 10h10
Equipamentos como capacete, botas, luvas, jaquetas, coletes e tornozeleiras podem ficar isentos do impostos - Agência Senado

Projeto de lei recentemente apresentado no Senado traz uma boa notícia aos ciclistas e motociclistas do país, pois a proposta quer isentar equipamentos de proteção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Caso aprovado o projeto (PL 1.240/2019 ) os equipamentos como capacetes, botas, luvas, jaquetas, coletes, tornozeleiras, cotoveleiras e joelheiras usadas por ciclistas e motociclistas poderão se isentos do imposto.

A projeto de lei é da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). Ao propor a mudança, ela citou estudo da Universidade de São Paulo (USP) sobre os motociclistas acidentados atendidos pelo Sistema Único de Saúde. De acordo com a senadora, o estudo mostrou que apenas 17% dos acidentados usavam equipamentos de segurança como botas, jaquetas e coletes.

Para ela, a isenção pode tornar esse tipo de equipamento mais acessível para os motociclistas, especialmente os jovens e de baixa renda, principal grupo de risco apontado pelo estudo. “Pretendemos baratear esses equipamentos de segurança, tornando-os acessíveis aos jovens motociclistas, em geral, oriundos das classes médias menos aquinhoadas e, assim, protegê-los dos perigos do trânsito”, explicou.

Apesar de conter uma lista de equipamentos, o projeto não limita as isenções, porque há a previsão de que o Executivo regulamente essa relação, ampliando o rol de equipamentos isentos do imposto. Caberá ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estabelecer os parâmetros mínimos de resistência e de absorção de impactos para que os equipamentos tenham a isenção.

O projeto está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde será analisado em decisão final. Se for aprovado e não houver recurso para votação em Plenário, o texto poderá seguir diretamente para análise a Câmara dos Deputados.